Aos amadores  

Posted by: Liz Silveira


Carinho, atenção e... Cuidado com o que fazemos e como as proferimos. Temos que ter cuidado com as palavras. Tenho ciúmes e sentimento de posse com cada letrinha do alfabeto. Fico enlouquecida quando vejo alguém cometer erros gramaticais primários, como escrever "quiz" ou "quizer". É com S, caramba! O vício do gerundismo também é completamente irritante. Ou ainda - juro que não estou mentindo - ao invés de escreverem "eu me contive", há quem escreva "eu me conti". Mas será possível?

Tudo bem, sou chata e detalhista. Além disso, tenho mania de observar formatos e estruturas textuais... deve ser coisa boba de jornalista recém formada mesmo. Mas o que é que eu posso fazer, né? Acho inadmissível a confusão que muitos fazem entre ensaios, poesias, editoriais, crônicas, contos... cada um tem particularidades, características e algumas regras que, querendo ou não, devem ser respeitadas. É claro que, antes de estudo, é necessário ter talento. As pessoas nascem para escrever, caso contrário, desista. É melhor... Tem tanta gente aí nesse ciberespaço fazendo oba-oba e confusão. Internet é mesmo uma terra sem dono. Muitas informações mal apuradas e noticiadas de forma precária e amadora, além dos textos mal escritos. Mas agora vou ser bem sincera. Até gosto desses escritores-jornalistas instantâneos, que caem nesse mundo de pára-quedas... Servem como exemplos a não serem seguidos, além valorizar quem levanta a bandeira da profissão com um selo de credibilidade em cada trabalho realizado.

Acho bacana o interesse do pessoal que está chegando agora nas faculdades jornalismo, mesmo depois da palhaçada da não obrigatoriedade do nosso diploma. Mas tenham cuidado. Refinem-se. Leiam, leiam, leiam muito. Leiam tudo. Provoquem o vocabulário, rebusquem o seu talento nato. O bom jornalista deve se achar "burro" sempre, para que, dia após dia, a busca pelo conhecimento seja priorizada. Nós nunca sabemos de tudo. Sempre há o que aprimorar e aprender. Contudo, é muito fácil inentificar quem tem ou não intimidade com as palavras. Mesmo em textinhos aparentemente bobos e inocentes, como os deste blog, por exemplo. Pequenos deslizes fazem grandes estragos...

Sou muito pouco ortodoxa nos meus projetos, mas tenho que concordar que alguns recursos não devem ser esquecidos, quando se trata da publicação de notícias. Mesmo numa pequena manchete ou título. Cuidado. Cuidado com as palavras! Tamanho não é documento mesmo. O que importa é a qualidade; a mensagem. Agora, fora das rotinas de produção, é sempre válido inovar e experimentar os sabores gramaticais e literários. Mesclar gêneros e brincar, inclusive, com a semiótica. Quantas idéias a gente pode passar através de, aparentemente, inocentes e despretenciosos detalhes. Mas tem uma coisinha... não é todo mundo que pode ou consegue isso. Ao invés de criar algo interessante, intrigante e original, acabam assinando um atestado de incompetência e falta de tato e talento com as palavras. Até para desconstruir algo, precisamos conhecê-lo muito bem antes...

Não. O meu blog não é o meu trabalho, também não é um diário virtual. É somente uma das minhas atividades de lazer... Além de bastante terapêutico. Não à toa, chama-se "Catarse: Um sonho de liberdade".

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3 comentários

Fabrício Holensas (on twitter)  

Disse tudo.

Este comentário foi removido pelo autor.

Belo texto minha amiga e jornalista Liz Silveira.

Nele,você tocou em um assunto muito interessante,a vontade de sempre querer aprender,buscar o conhecimento.Algo que "Quanto mais a gente ensina mais aprende o que ensinou".Isto mostra que toda forma de aprendizado têm um verdadeiro significado isso é:
"Aprender é a única coisa de que a mente nunca se cansa, nunca tem medo e nunca se arrepende". (Leonardo da Vinci)

Abraços:Diogo Rocha Braga,jornalista

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