Meu caminho de todas as manhãs  

Posted by: Liz Silveira



Costumo dizer que o meu caminho começa antes de acordar, com o “infeliz” do meu despertador prestes a tocar. Assim que ouço aquele barulinho, já tão conhecido e repetitivo para os meus ouvidos, entendo a mensagem “zuadenta” - que pirraça! Levanto-me, e então me deparo com aquela difícil missão de entrar no chuveiro, que por mais quente que pareça, às 6:12 da manhã é MUITO frio.
Café da manhã? Nem pensar! Meu aparelho digestório ainda não está apto para entrar em ação. Deixo isso para mais tarde...
Saindo de casa e pisando na varanda, meus seis cães me abordam naquela euforia incompreensível logo às 7:00 horas da manhã! Para melhorar este quadro, meu casal de papagaios me surpreende com o seguinte rotineiro bordão: “Loro viado; tabaréééu; café; café...”. Coisas que só o meu “amável”pai seria capaz de lhes ensinar.
Tendo chegado ao ponto de ônibus, tenho tempo o suficiente para me recuperar de tal baque auditivo e visual. Sim, um baque! Pois, por mais que isto se repita cotidianamente, ainda assim não me sinto preparada para tal façanha logo pela manhãzinha.
Sou “rata de ônibus”, mas, mesmo assim, odeio com todas as minhas forças este meio de transporte coletivo. Ninguém o merece! É um tal de empurra-empurra, segura ali, o cuidado para não cair, e a projetada máxima atenção às mãos alheias que me incomodam, e MUITO!
Outra coisa que não suporto no meu caminha de casa até a faculdade é o entra e sai de vendedores ambulantes. Ô coisa chata! É certo que a viagem não fica tão chata quando o ônibus não está lotado, pois, quando isso ocorre, para mim, é garantia de dor de cabeça.
Ao chegar na faculdade, até relaxo... O único problema é pensar que na hora de voltar para casa, outra história parecida estará prestes a começar.

Escrever é uma arte  

Posted by: Liz Silveira

Cada um guarda uma razão para os seus dizeres e, a depender de suas intenções, os vêm de formas diferentes.
Sendo a escrita mais um dos frutos da necessidade da comunicação interpessoal, hábito não tão contemporâneo, e, em se tratando de uma rápida evolução tecnológica vivenciada pelos reles mortais, este prazeroso ato (para alguns) pode ser deixado para trás. Sim, num mundo onde teleconferências substituem a presença humana, e os e-mails ou programas de mensagens instantâneas nos fazem esquecer as tão puras cartas, por quê não um programa que “delete” de vez o antigo hábito de escrever?
Ao parar para refletir sobre o motivo pelo qual escrevemos, deparamos-nos com respostas que nos levam a dois caminhos: prazer, ou necessidade. Bem, prefiro afirmar que escrevo, pois acredito que esta é uma arma a favor da liberdade. A palavra que te “alisa” é a mesma que te “fere”. Pode ser pacífica, ou mais perigosa que a mais perigosa força bélica. A escrita é uma arma, saber usá-la é uma dádiva.
Sinceramente, fico imensamente feliz ao encontrar um lápis e um papel ao meu alcance quando estou entediada ou presa em uma atividade pouco interessante. Parece que tomo uma injeção de ânimo instantânea.
Transpor pensamentos, acontecimentos e sentimentos é algo de incomensurável emoção. Uma tarefa sem limites ou privações – de preferência. Saber que através dos nossos escritos, pessoas choram, riem, ou se conformam, nos dá ainda mais força para continuar a fazer o que mais gostamos, e com ainda mais paixão.
Escrever para quê? Eis a questão. Levando-se em conta que a obra muda de acordo com o estado de espírito do autor, deve-se imaginar que ao escrever para o mundo, o escritor desenvolve um grandioso ato não-egoísta para com o próximo.
Artistas, assim os chamo. Aqueles que em meio a vírgulas e travessões conseguem esculpir grandiosas obras-primas, capazes de nos fazer transpirar coração e pulmão ao mesmo tempo, oscilando os batimentos cardíacos e a respiração ofegante e emocionada em um mesmo instante. Assim espero o fazer.
Bem, há de se convir que as pessoas que escrevem, ou que são grandes apreciadoras da leitura, como jornalistas, teóricos, sociólogos, filósofos e poetas, são mais interessantes do que as que por toda a vida calculam. Perdoe-me você, matemático, engenheiro ou físico nuclear. Mas, pessoas assim se tornam um tanto quanto mecânicas. A escrita é uma arte, e exige outro tipo de pensamento, nada quadrado ou pré-formulado.

A leitura exige pensamento  

Posted by: Liz Silveira

Internauta, você há de convir que as pessoas que escrevem, ou que são grandes apreciadoras da leitura, como jornalistas, teóricos, sociólogos, filósofos e poetas, são mais interessantes do que as que por toda a vida calculam.
Perdoe-me você, matemático, engenheiro ou físico nuclear; mas pessoas assim se tornam um tanto quanto mecânicas. A leitura é uma arte, e exige pensamento.