Está chegando ao fim...  

Posted by: Liz Silveira


Esse TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) está despertando em mim tantas coisas boas... Desde quando ainda pensava nas mil e uma possibilidades para o tema e formato e até agora, já pertinho da reta final, passei por muitos conflitos, tive que tomar severas decisões e priorizar bastante coisa, às vezes deixando outras de lado.
Fui do completo desespero à euforia esfuziante em questão de segundos... Parti do medo ao alívio como num piscar de olhos. Coloquei-me em prova em diversas situações e me surpreendi como nunca, quando ergui um projeto que deveria ser grupal individualmente. E está acontecendo. A cada dia, planto e colho algo novo. Tenho conhecido pessoas incríveis que só fazem melhorar a minha visão de mundo.
Quando ingressamos numa faculdade/universidade passamos por muitas crises, imagino. Mudamos de ideia a todo instante sempre que aprendemos algo novo. Num período você tem certeza de que se encontrou quando, na verdade, depois de uma certa aula você pensa "essa sou eu". São diversas fases. Tem aquele semestre que você vai com tudo e mergulha de cabeça nos estudos. Já em outros você não quer saber de nada, só do bar da esquina e de juntar alguns trocados na mesa com seus colegas para tomar duas ou três cervejas que, certamente, vão lhe arrancar uma bela dor de cabeça no fim de tarde.
Mas nada se compara ao último. Nada, nada mesmo. É o "agora ou nunca". É você consigo mesmo e mais ninguém. E é uma delícia... O TCC é parte vital em minha vida atualmente. Dono de grande parte dos meus pensamentos e esforços. A todo instante me pergunto: "Isso está acontecendo mesmo? Será que vai dar certo?". Bem, aí é pagar para ver.
Há meses que nado, bóio, mergulho e faço acrobacias com dezenas de livros, vídeos, fotos, entrevistas e visitas in loco. E agora, passado algum tempo do início, vejo que este é um aprendizado único, não só em termos acadêmicos, mas de vida mesmo.
Minha mãe sempre me disse que eu não tinha perfil para encarar um projeto de tamanha importância ao lado de outra(s) pessoa(s), pois eu não tinha um gênio fácil de lidar e isso poderia me atrapalhar. Disse que eu deveria fazer algo do me jeito sem que ninguém, sequer, pudesse opinar. Quando optei por seguir sozinha, meu estômago parecia ter empedrado de tanto pavor. Senti-me um cãozinho acoado quando ouve fogos de artifícios, sabe? Mas ela, meu pai, meus irmãos, meu noivo e grandes amigas confiaram, deram-me força, tempo, paz, colo, ouvidos e até suporte técnico, quando compraram livros que eu precisava de última hora e me presentearam. Isso foi e está sendo fundamental. O amor e dedicação dessas pessoas tem mexido demais comigo, pois garanto que não faço ideia do que seria desse período de minha vida sem isso.
Em relação aos professores, também tenho me surpreendido bastante, pois desconfio que jamais em quatro anos eu tenha me aproximado tanto deles. Passamos a nos olhar mais de igual para igual, pois todos dizem que aprendem muito conosco ao longo dessa caminhada. Há algum tempo, houve um momento de stress tão intenso que eu disse que assim que o dia da minha colação de grau chegasse, eu rasgaria folha por folha e jogaria para cima. Mudei completamente de ideia. A única coisa que vou jogar agora é o meu chapéu, quando a música tocar anunciando o fim da minha solenidade. As minhas folhas prontas e diagramadas, apontamentos e rascunhos eu gostaria de emoldurar, embalsamar e banhar de ouro... porque tudo o que esse TCC tem me proporcionado é, sem dúvida, o meu grande troféu.

Stand by  

Posted by: Liz Silveira


Tem gente que às vezes precisa de um empurrãozinho para começar a viver. Parece que têm medo de encarar alguma realidade -qualquer que seja - de frente. Têm medo de se vestir de si mesmos e não conseguirem agradar a todos ao redor e preferem ficar numa posição mais "segura", como plateia dos outros. Viram críticos sagazes e dão stand by em seu próprio painel de controles...

Eu não sei... detecto facilmente essas figurinhas. são pessoas vazias que se preenchem de futilidade e gostam de parecer diferente com suas "esquisitices". O que na verdade é só uma válvula de escape para o nada que ainda são. Constróem um personagem que não é real. E no fundo, bem lá no fundo, o que existe é uma grande solidão. Dá pena. Muita pena.

Pessoas que não conseguem seguir o rumo que gostariam porque, na verdade, nem sabem o que querem, não sabem quem são... não sabem. Não sabem nada. Não sabem de nada.

E aí o tempo vai passando, as pessoas ao redor vão "acontecendo" e esses turistas do planeta terra vão alimentado esse ciclo vicioso de inércia pela própria vida.

Do outro lado  

Posted by: Liz Silveira

Hoje, pela primeira vez, fui entrevistada.

É muito estranho estar do outro lado! Agora eu entendo aqueles olhos esbugalhados de surpresa dos coitados abruptamente abordados por mim na rua, no mercado, na padaria, no shopping, na praia...



"Ai que susto!"

 

Posted by: Liz Silveira

Menininha X: Oi, tô afim de montar um blog pra escrever o que vier à cabeça, filosofar sobre a vida e assuntos que pareçam inteligentes. Posso?

Menininha Y: Poder pode.

Menininha X: Isso faz de mim uma grande pensadora ou melhor do que na verdade sou?

Menininha Y: Não.

Menininha X: Por queeeee?

Menininha Y: Porque você é o típico caso de quem quer se auto afirmar escrevendo qualquer merda. Basta ler uma ou duas linhas suas pra notar sua falta de entrosamento com as palavras. Não tente parecer alguma coisa, ou evoluir desse estado vegetativo... vai ver se melhora a aparência desse cabelo que é melhor.

Menininha X: ...................................... !