(des)Igual  

Posted by: Liz Silveira


Todo dia eu vejo todo mundo

E todo dia está todo mundo igual

Mas se algum dia o meu mundo ficar torto

E em meu caminho surgir um "quê" de quem original

A minha alegria será, ao todo, desigual

 

Posted by: Liz Silveira


"Quem não sabe o que procura, não entende o que encontra"


Autor desconhecido

 

Posted by: Liz Silveira


Perguntaram-me esta semana:

- O que você quer para a sua vida?


Respondi:

- O que eu quero? Não sei. Mas sei exatamente o que NÃO quero.

Mãos  

Posted by: Liz Silveira


Mãos. Sou apaixonada por elas.
As masculinas são a minha preferência. Têm que ser grandes, disformes, marcantes e fortes. Não devem ser delicadas, bem feitas e JAMAIS pintadas, sequer com uma base incolor.
Mas devem ser bonitas. Aquela beleza que só algumas mãos masculinas guardam, não sei bem explicar... Mas é como um atestado de masculinidade e virilidade, sabe? Um verdadeiro charme. E, acreditem, há delicadeza, sutileza...
Consigo identificar uma bela mão a metros de distância, nos mais variados ambientes, nos mais improváveis momentos. Já perdi o interesse por algumas pessoas porque achei que as mãos eram estranhas. Não sei... acho que, por mais fortes que aparentemos, nós mulheres, buscamos sempre, em qualquer situação, alguma segurança.
É como se aquelas mãos fossem provedoras de vertentes emocionais. De um carinho no rosto a um empurrão afobado contra a parede.

Mãos, podem estar cheirando a sabão ou sujas de graxa...

Bafafá...  

Posted by: Liz Silveira


Se Truman Capote era um lírico mentiroso...

Imaginem se o Álvares de Azevedo resolvesse escrever A Sangue Frio em seu lugar, hein?

 

Posted by: Liz Silveira


O mundo dá voltas!

:  

Posted by: Liz Silveira





Você está vivo.

Esse é o seu espetáculo.

Só quem se mostra se encontra.

Por mais que se perca no caminho.

Cazuza

Golpe Baixo!  

Posted by: Liz Silveira


Ai que RAIVA!



Já não bastasse a minha crise existencial por causa da TPM e seus efeitos devastadores, minha querida mãe resolveu fazer um Capelleti de frango com molho de tomate hoje à noite...

Isso não é justo, mas não é MESMO!



Humpf...





- É maior do que eu... não há como negar! Posso resistir a todas as tentações, mas o pecado da gula sempre estarei vulnerável a cometer...

Dia-a-Dia  

Posted by: Liz Silveira




Como pequenas coisas são gratificantes...

Após tanto adiar por causa da chuva que derreteu o asfalto das ruas (mal)feitas de Lauro de Freitas, finalmente pude filmar a minha video reportagem na Aldeia de Pescadores de Buraquinho.
No início sempre a mesma ladainha... foi aquela briga homérica com Bonfim (o chato de galocha responsável pela central técnica das filmadoras, tripés, microfones e afins). Foi dedo no olho, murro no rim e por aí vai... Rs. Já recuperada emocionalmente e com a ajuda da minha fiel escudeira Rachel, dei um jeito de chegar a uma sede "segura". Assaltamos um carro que estava na hora e no local errados e seguimos para a locação escolhida.

Ao chegar lá e passar a tarde ao lado de pessoas encantadoras, mais uma vez, percebi que todo o esforço é mínimo nessas horas, pois tudo vale à pena!
Hoje vi os sorrisos mais lindos e sinceros, ouvi as estórias mais ricas e belas, provei da energia mais forte num lugar em que muitos pensam que falta sorte.

Esse mundo de Meu Deus é tão grande... pena daqueles que pensam e o fazem pequeno!

Saindo da bolha  

Posted by: Liz Silveira


Eu nunca me contentei com pouco. Sempre fui assim... inquieta. Acho que a vida é sempre mais do que parece ser. Acho que tenho potencial para sorrir ainda mais e agradecer a cada segundo por estar aqui. Nunca acho as coisas ruins - exceto de mau humor ou tpm, mas isso é outra conversa - acredito que cada cicatriz significa uma cura, cada tropeço um obstáculo ultrapassado e a cada tombo volto duas vezes melhor. Sempre, isso é FATO!

Para mim, não há sensação melhor do que a de olhar para o espelho, olhar para trás, olhar ao redor e pensar: nossa, eu não queria ser diferente!

Assim como amar a si próprio, aceitar o outro é essencial. Tá... Não vou dizer que sou a mais singela e paciente das criaturas, muitas vezes me afasto de uns e outros por não saber lidar com algumas diferenças, mas são casos raros, acreditem! Fora isso, acho tudo ÓTIMO!


Enquanto isso vou me moldando com meus passos largos, sorrisos fartos, linguagem ferina e curiosidade irritante. Fazer o que, né?


É como se dentro do meu corpo houvesse uma bolinha de sabão que com um simples toque pudesse estourar. Felicidade contida, curiosidade temida, esperança varrida.



Há pouco me esbarrei contra a parede e a bolinha pocou! Naquele "ploc" entendi:


- Bem vinda, esta vida é pra você!

Submundo  

Posted by: Liz Silveira


Transitei por alguns submundos

Andei me perdendo em mundos que não são meus

Segui atalhos vazios

Corri em leitos de rios

Perdi-me em ruas desertas

Aceitei o que dizem: "não presta"

Olhei por frestas as festas que faziam de mim

Os dardos que acertavam ao fim

Entrei por portas camufladas

Passei por baixo de escadas

Brinquei com o fogo em cama de palha

Ao fim percebo que o mundo

tem reservas maiores que o mundo que era meu

transgredi quase tudo

e quando dei por mim

já era fundo, já era meu

e esse mundo "eu" era pior que os temidos submundos seus...

O mestre  

Posted by: Liz Silveira



Abram alas, deixem-no entrar!
É ele, o tal, que vem nos cumprimentar
Estirem o tapete vermelho
Salpiquem as pétalas no ar
Preparem-se, pois a festa já deve começar!
Venha, querido, sente-se ao centro, prenda atenções, revele canções
Liberte as criaturas, enjaule os fujões!
É dele... é dele que estou falando
do mundo
mundo meu
mundo seu
Mas não...Já não dá
O mundo está fora do lugar!

Dizem por aí  

Posted by: Liz Silveira


Dizem que mulheres são eternas rivais
Dizem que as amigas são temporárias
Dizem que a inveja é arbitrária
Dizem que essa vida é ordinária

Dizem que os amores não são eternos
Mas também há quem diga que só se ama uma vez

Dizem que sua família é seu bem maior
Sua base
Seu chão
Sua mão na mão

Dizem que os filhos são do mundo
Dizem que o homem é vagabundo
Dizem que a mulher quer ser independente
Mas também dizem que precisam de mais gente

Dizem que todo sexo é casual
E quando não é
é coisa de casal
Dizem que todo homem trai
E agora dizem que é a mulher que atrai

Dizem que a paixão dura dois anos, às vezes três
Dizem que a paixão machuca
Dizem até que ela é maluca

Dizem muito
Nada dizem
Dizem nada

As amigas não são temporárias
Às rivais é que a injeva é arbitrária

O meu amor será para sempre eterno
Pois eu me amo todos os dias
E o amor carnal amarei quantas e tantos eu quiser
Já que há espaço para alguns incertos até quando o certo vier

A família não é a base
A família não é tudo, não
Mas da família, eu escolho o meu chão

Nem todo homem é vagabundo
Nem todo filho vai pro mundo
Nem toda mulher quer trabalhar
Mas quase nenhuma quer lavar e passar

Nem todo sexo é casual
Nem todo amor é de casal
Nem todo sexo é com amor
E nem todo amor gosta de sexo

Nem todo homem sabe se trai
Pois alguns deles nenhuma mulher atrai

Minhas paixões são passageiras
Às vezes horas, dias ou meses
Às vezes me dedico por inteira
Às vezes sim
Às vezes não
Mas, se preciso for, me machuco por qualquer maluco

Pode ser que amanhã eu não diga isso
Mas se não arrisco
Vão (querer) dizer ainda mais...




 

Posted by: Liz Silveira


isso de querer

ser exatamente aquilo

que a gente é

ainda vai

nos levar além


Paulo Leminski

Lei Antidemocrata  

Posted by: Liz Silveira


O deputado federal Miro Teixeira (PDT-RJ) apresentou um projeto requerendo o fim da Lei de Imprensa (5.250/67). Ao assumir a conduta de quem defende uma causa nobre, o parlamentar afirmou em fevereiro de 2008 que “uma lei como esta não serve à solução de conflitos, serve para intimidar, ameaçar”. Dentre outros motivos, perceber que, com exceção do Brasil, a legislação no mundo todo obriga o Estado a fornecer informações é razão indiscutível para aprovar tal projeto de imediato. O direito à informação não é exclusivo do jornalista ou do veículo, é do cidadão. Ainda assim, há quem analise o projeto com maus olhos, principalmente as autoridades que ocupam cargos públicos e temem a efetiva fiscalização dos jornalistas. De acordo com o deputado, estes são os mais incomodados desde que a ação que tramita na corte tem surtido efeito e despertado o interesse do hall de jornalistas sedentos por liberdade de expressão.

É possível dizer que a iniciativa de Miro Teixeira tem dado sinais de futura aprovação, pois, desde fevereiro foram suspendidas penas de prisão para jornalistas por calúnia, injúria ou difamação. Na prática, o juiz pode adotar, em processos e decisões, a legislação prevista no Código Penal, Código Civil e na Constituição Federal, mas não a prevista nos artigos suspensos da Lei de Imprensa. Mas será que assim estes profissionais de comunicação já estarão livres da silenciosa perseguição ou seria mais racional suspeitar de que ainda estão nas mãos desta lei que, agora, disfarçadamente agiria?

Para garantir a integridade profissional dos jornalistas e livrá-los de possíveis punições embasadas em qualquer brecha na constituição, o mais coerente é revogar definitivamente a Lei de Imprensa, já que a mesma é o próprio retrato da antidemocracia. Afinal, uma nação que tanto suou numa luta travada desde a Ditadura Militar contra a falta de liberdade de expressão, hoje é impedida de ter acesso a informações, em sua maioria, omitidas sobre o seu país. É nesta contradição em que os jornalistas brasileiros se encontram. Como exercer o seu papel de vigilância (o tão estimado 4º poder), quando ao fazê-lo são castrados do direito ao principal propósito do seu ofício? Como colocar em prática valores defendidos e adquiridos durante décadas, quando o papel de mediador da informação verídica não lhes é permitido inteiramente? Sobretudo, inclusive, o cidadão merece estar a par da realidade nua, não somente aquela maquiada do desejo de alguns poucos e poderosos que, apavorados com a voracidade dos jornalistas ao investigar e fiscalizar os fatos, defendem com unhas e dentes a Lei de Imprensa.