E-mail do Sinjorba (LEIAM)
PostedAssim como outros colegas da área, recebi um e-mail do Sindicado de Jornalistas da Bahia a respeito da descarada decisão do fim da obrigatoriedade do diploma para atuar como jornalista. O conteúdo vem logo a seguir:
" Aos colegas jornalistas e futuros colegas, estudantes de Jornalismo
Durante toda a semana, após o STF ter decidido pela inconstitucionalidade da exigência do diploma de Jornalismo como um dos requisitos para se exercer a profissão de jornalista - e após todas as lágrimas derramadas diante da humilhação que o presidente do STF e demais ministros que votaram contra a regulamentação da nossa profissão, criando um vácuo regulatório para todos nós -, surgiram muitas dúvidas, ainda sem respostas.
Mas algumas me chamaram a atenção, em especial: O que a Fenaj vai fazer agora? Cadê a Fenaj? O Sinjorba vai acabar? Qual a orientação do Sindicato?
Tomei a liberdade de responder, como presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado da Bahia e diretora da Federação Nacional dos Jornalistas, com a maior tranqüilidade de quem tem consciência, assim como todos os diretores do Sinjorba e os delegados sindicais, que nossas entidades estão fazendo o que sempre fizeram: estão reagindo com altivez e firmeza, denunciando cada argumento imoral que lemos e ouvimos, mas sem perder a expectativa da calma para poder nos realinhar à nova batalha.
Portanto, os que perguntam, por que realmente não conhecem o que vai acontecer e querem francamente uma orientação, as respostas estão no final do texto. Aos que perguntam, com ar de deboche, com picuinhas, querendo se aproveitar de um momento tão delicado como este, não conhecem nossas únicas entidades representativas, a Federação e os 31 sindicatos em todo o país, desconhecem nossa capacidade de luta, não se informaram nos sites, não acompanharam a batalha jurídica desde 2001, não leram nenhum jornal da campanha em favor do diploma, não usaram um adesivo, não foram a nenhuma manifestação promovida pelo Sinjorba e a Fenaj, sequer passaram um e-mail pedindo apoio para nossa causa, quiçá solicitaram solidariedade às outras entidades de classe, ou assina ram um simples abaixo-assinado.
Enfim, não podemos esquecer de que criticas são válidas, mas auto-critica faz bem e eleva a alma, nos melhorando para sacudir a poeira e seguir em frente. Portanto, o momento é de unidade, de união, diante de todas as dificuldades, e entender, de uma vez por todas, que não cabe só, e somente só, às diretorias das entidades a mobilização e a luta. Cada um é responsável por sua consciência, por que a hora é agora, e não adianta chorar o leite derramado.
Enfim, não podemos esquecer de que criticas são válidas, mas auto-critica faz bem e eleva a alma, nos melhorando para sacudir a poeira e seguir em frente. Portanto, o momento é de unidade, de união, diante de todas as dificuldades, e entender, de uma vez por todas, que não cabe só, e somente só, às diretorias das entidades a mobilização e a luta. Cada um é responsável por sua consciência, por que a hora é agora, e não adianta chorar o leite derramado.
* As respostas:
· Ainda é muito cedo para termos todas as respostas concretas do que vai acontecer, pois tudo é muito novo. Portanto, nada de pânico, a calma é imprescindível para rebatermos todos os argumentos contra nossa formação;
. A Fenaj vai fazer tudo que ainda pode ser feito para resgatar o respeito à nossa formação específica de nível superior em Jornalismo e o diploma como requisito para o exercício profissional. Estão sendo debatidas as opções de uma nova lei de regulamentação da profissão e/ou uma emenda constitucional para assegurar o respeito e o livre exercício das prof issões regulamentadas, sem ameaças futuras com esta;
. A Fenaj interpelou o Ministério do Trabalho e Emprego para saber quais os requisitos para o exercício da profissão. No momento os sindicatos estão atuando como sempre – encaminhando a SRTE as solicitações de novos registros normalmente;
· A Fenaj convocou uma reunião com todos os sindicatos do país, dia 17 de julho, em São Paulo, antecedendo o Seminário sobre a Conferência Nacional de Comunicação;
. Estamos aguardando a publicação do acórdão da sentença para saber quais as medidas jurídicas cabíveis. Não sabemos se a sentença arrasa por terra com todo o Decreto Lei de 1969, que regulamenta a profissão, ou se só o diploma;
. Também, diante das declarações recentes, não sabemos se o Gilmar Mendes quer acabar de vez só com a regulamentação da profissão de jornalistas, ou com outras tantas, por isso precisamos de apoios fundamentais de outras categorias, pois “o próximo pode ser você” não está descartado;
. Enquanto existir trabalho e categoria de jornalistas, existirá sindicato. As diretorias passam, a entidade permanece. Cabe a cada um de nós sua representatividade, sua sustentação política. Não será nenhuma decisão judicial que acabará com a organização dos trabalhadores.
Um abraço fraterno a todos, vamos à luta!
Kardé Mourão Presidente do Sinjorba (pela Diretoria)"
This entry was posted
on 12:08 AM
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