
Mãos. Sou apaixonada por elas.
As masculinas são a minha preferência. Têm que ser grandes, disformes, marcantes e fortes. Não devem ser delicadas, bem feitas e JAMAIS pintadas, sequer com uma base incolor.
Mas devem ser bonitas. Aquela beleza que só algumas mãos masculinas guardam, não sei bem explicar... Mas é como um atestado de masculinidade e virilidade, sabe? Um verdadeiro charme. E, acreditem, há delicadeza, sutileza...
Consigo identificar uma bela mão a metros de distância, nos mais variados ambientes, nos mais improváveis momentos. Já perdi o interesse por algumas pessoas porque achei que as mãos eram estranhas. Não sei... acho que, por mais fortes que aparentemos, nós mulheres, buscamos sempre, em qualquer situação, alguma segurança.
É como se aquelas mãos fossem provedoras de vertentes emocionais. De um carinho no rosto a um empurrão afobado contra a parede.
Mãos, podem estar cheirando a sabão ou sujas de graxa...

Ai que RAIVA!
Já não bastasse a minha crise existencial por causa da TPM e seus efeitos devastadores, minha querida mãe resolveu fazer um Capelleti de frango com molho de tomate hoje à noite...
Isso não é justo, mas não é MESMO!
Humpf...
- É maior do que eu... não há como negar! Posso resistir a todas as tentações, mas o pecado da gula sempre estarei vulnerável a cometer...

Após tanto adiar por causa da chuva que derreteu o asfalto das ruas (mal)feitas de Lauro de Freitas, finalmente pude filmar a minha video reportagem na Aldeia de Pescadores de Buraquinho.
No início sempre a mesma ladainha... foi aquela briga homérica com Bonfim (o chato de galocha responsável pela central técnica das filmadoras, tripés, microfones e afins). Foi dedo no olho, murro no rim e por aí vai... Rs. Já recuperada emocionalmente e com a ajuda da minha fiel escudeira Rachel, dei um jeito de chegar a uma sede "segura". Assaltamos um carro que estava na hora e no local errados e seguimos para a locação escolhida.
Ao chegar lá e passar a tarde ao lado de pessoas encantadoras, mais uma vez, percebi que todo o esforço é mínimo nessas horas, pois tudo vale à pena!
Hoje vi os sorrisos mais lindos e sinceros, ouvi as estórias mais ricas e belas, provei da energia mais forte num lugar em que muitos pensam que falta sorte.
Esse mundo de Meu Deus é tão grande... pena daqueles que pensam e o fazem pequeno!
Abram alas, deixem-no entrar!
É ele, o tal, que vem nos cumprimentar
Estirem o tapete vermelho
Salpiquem as pétalas no ar
Preparem-se, pois a festa já deve começar!
Venha, querido, sente-se ao centro, prenda atenções, revele canções
Liberte as criaturas, enjaule os fujões!
É dele... é dele que estou falando
do mundo
mundo meu
mundo seu
Mas não...Já não dá
O mundo está fora do lugar!
Dizem que mulheres são eternas rivais
Dizem que as amigas são temporárias
Dizem que a inveja é arbitrária
Dizem que essa vida é ordinária
Dizem que os amores não são eternos
Mas também há quem diga que só se ama uma vez
Dizem que sua família é seu bem maior
Sua base
Seu chão
Sua mão na mão
Dizem que os filhos são do mundo
Dizem que o homem é vagabundo
Dizem que a mulher quer ser independente
Mas também dizem que precisam de mais gente
Dizem que todo sexo é casual
E quando não é
é coisa de casal
Dizem que todo homem trai
E agora dizem que é a mulher que atrai
Dizem que a paixão dura dois anos, às vezes três
Dizem que a paixão machuca
Dizem até que ela é maluca
Dizem muito
Nada dizem
Dizem nada
As amigas não são temporárias
Às rivais é que a injeva é arbitrária
O meu amor será para sempre eterno
Pois eu me amo todos os dias
E o amor carnal amarei quantas e tantos eu quiser
Já que há espaço para alguns incertos até quando o certo vier
A família não é a base
A família não é tudo, não
Mas da família, eu escolho o meu chão
Nem todo homem é vagabundo
Nem todo filho vai pro mundo
Nem toda mulher quer trabalhar
Mas quase nenhuma quer lavar e passar
Nem todo sexo é casual
Nem todo amor é de casal
Nem todo sexo é com amor
E nem todo amor gosta de sexo
Nem todo homem sabe se trai
Pois alguns deles nenhuma mulher atrai
Minhas paixões são passageiras
Às vezes horas, dias ou meses
Às vezes me dedico por inteira
Às vezes sim
Às vezes não
Mas, se preciso for, me machuco por qualquer maluco
Pode ser que amanhã eu não diga isso
Mas se não arrisco
Vão (querer) dizer ainda mais...