Não há nada neste mundo mais deplorável do que rabanadas, pernis de porco ou quitutes natalinos que sobram e perduram durante dias em sua geladeira! Você não pode fazer nada contra isso - além de consumi-los enlouquecidamente!
Faltam cinco dias para o reveillon e eu já decidi minha roupa. O problema é que ela estava linda quando eu estava chegando (cof, cof...) no peso ideal. Não, não vou trocá-las...
Pior ainda é perceber que estes dias que antecedem a data do reveillon são justamente os que marcam a chegada (e permanência) da sua temida TPM (e inchaço abdominal, ânsia por chocolates e espinhas).
O que fazer quando, de repente, o chão se abre e o teto desaba em sua cabeça???
Apenas... OUÇA.
Deixe seu coração apertar, permita-se emocionar.
VIVA, AME, SINTA!
Ao assistir o último filme da quatrilogia do memorável hollywoodiano Hannibal, captamos a razão daquele que antes era ainda pior do que um sub-humano.
É indescritível distorcer toda a narrativa de um filme em que nos choca do início ao fim. Seja em sua previamente considerada crueldade sem motivos, ou pela sabedoria do protagonista que nos conduz à história. Logo nos primeiros instantes do último filme, "perdoamos" todos os massacres cometidos nos seus precedentes.
É incrível e amedrontadora a frieza calculista e "monstruosa" do jovem e vingativo Hannibal Lecter. Ao mesmo tempo, permito-me a voz de quem concorda com a coragem e o amor de quem vive só (só de s-o-z-i-n-h-o) para os que já foram.
Sem mais, apenas digo que nós, reles mortais, guardamos sentimentos que desconhecemos e, certamente, jamais descobriremos. Somos capazes daquilo ou de muito mais - a depender da situação... Ou não.
O simples fato de achar uma plausível explicação para o ocorrido nos denuncia à nossa abstrata crueldade.Enfim... Assim somos, assim seremos. Mas, sinceramente, espero que jamais nos revelemos.
As palavras perda e ACM não rimam, não combinam, mal dialogam. Hoje a Bahia veste o seu luto e, embora haja um misto de alegria e alívio para os que não o admiravam nem suportavam ou toleravam, é inegável que esta foi, sim, uma morte significativa. O atual governador da Bahia, eleito neste final de mandato e de vida de ACM num prenúncio de que o ‘império’ e a hegemonia dele, ACM, chegavam ao fim, assim como sua vida, disse que haverá uma página na História da Bahia para tratar de ACM. Wagner foi modesto e econômico: uma página é pouco. Nos meus poucos anos de vida, pude politicamente perceber os efeitos do carlismo no meu estado e posso assegurar que ACM não é uma página apenas da história da Bahia, mas um livro inteiro, talvez mais de um volume.
Quando paro para pensar no que eu faria, sabendo que só me restaria mais um dia na condição de uma reles mortal, penso que, primeiramente, seria impossível. São muitas coisas. Muitos sonhos, vontades e curiosidades para experimentar. Mas, posso tentar fazer uma prévia das minhas prioridades.
Primeiramente, uma grande parte deste precioso dia seria destinada a ficar ao lado do homem que eu amo e fazendo amor como jamais pensei que seria possível, pois, nas minhas últimas 24 horas, milagres aconteceriam. Escolheria o lugar mais alto e lindo que houvesse no mundo, com o céu mais azul e cheio de pequenas nuvens, um sol radiante e nada escaldante, as mais rosadas flores, e lindas borboletas amarelas voando. Ah, também não posso esquecer dos beija-flores com barrigas azul-marinho ou “cor-de-burro-quando-foge”! Assim como nos desenhos da Disney. Também aproveitaria para dizer tudo o que jamais seria possível em um só dia, diria tudo – exatamente tudo – o que tenho para falar, das coisas mais lindas e puras às mais vergonhosas e infames!
Além de todo este irresistível cenário de amor, eu satisfaria todas as minhas vontades ridículas e infantis, como comer 50 chocolates ao leite com recheio de caramelo, e fazer todas as minhas refeições no fast-food do shopping, com o máximo de gordura saturada e suculenta possível, por favor. Com absoluta certeza faria uma total lipo-escultura e colocaria silicone nos seios. Roubaria uma Ferrari vermelha conversível e dirigiria enlouquecidamente pela Linha Verde enrolada numa toalha de banho branca e usando um chapeuzinho de palha chiquérrimo. Na cara, um óculos escuro enorme super fashion e um batom vermelho. Assim como o que Marisa Monte usa; acertaria as contas com todas as infelizes criaturas que menos suporto no mundo quebrando um dente de cada uma, os frontais – claro; abriria todas as gaiolas que prendem belos pássaros, inclusive as da minha casa; daria caviar aos meus cachorros, só pelo simples prazer de vê-los comendo o que outros tipos de cachorros acham chique; diria EU TE AMO zilhões de vezes aos meus pais e irmãos, e agradeceria todo o amor que minha avó sempre me deu.
No fim do dia, reuniria meus amigos mais importantes e faria a festa que eu sempre quis, com tequileiros, boate “bombando”, balões em preto e branco, telão com fotos das passagens mais importantes da minha vida e artistas que brincam com fogo. Também beberia os melhores e mais variados drinques até não poder mais. Depois de um delicioso banho de espuma, compraria a maior cama do mundo só para poder adormecer ao lado das pessoas que hoje mais importam na minha vida, e, todos abraçadinhos, esperaríamos pelo fim do mundo.
Uma vez, um jovem mais animado e desprovido de senso crítico lançou uma camiseta que deixava o umbigo à mostra, fato que, inegavelmente gerou a maior gozação. Na época da discoteca rolava mixagem, depois vieram “Os embalos de sábado à noite”.
Mascar chicletes, usar blusões de couro e cabelos com brilhantina faziam parte da época. Sem querer desmerecer o trabalho dos estilistas sérios e contemporâneos, acredito que não houve moda melhor que a dos anos 70. Algo realmente inovador, sem muitos padrões econômicos nem sociais. Uma verdadeira liberdade de expressão através das vestimentas. Para os que desfrutavam o doce frescor da juventude da época, parabéns. São, realmente, uns felizardos.
Para “a galera” da cidade baixa de Salvador, não era diferente. O ruim era apenas aquele sobe e desce de ladeiras com aquelas calças tão apertadas que pareciam que iam estourar a qualquer momento! Tal façanha exigia um exímio controle das pernas, juntamente com o rebolado do quadril, principalmente dos homens, uns “estranhos no ninho”. A moda ali chegava bem rápido também, uma das grandes características dos moradores de Itapagipe era o grande entrosamento de uns com os outros, o que gerava uma incrível velocidade de comunicação e chegada de novas informações. Eles sim, estavam na moda.
O sábado à noite era sinônimo de diversão, vestir-se também! Hoje é sinal de confusão e status. Classes dominantes e classes dominadas. Que atraso!

Mesmo sendo uma legítima data comercial, sabemos o quanto é especial ter alguém para encher de carinhos e denguinhos, numa meninice aguda de ternuras e presentinhos!
Sair para fazer as compras do dia, se embelezar toda à espera do seu amor... Imaginar como será a noite tão esperada... Humm
É realmente uma lavagem na alma, parece até que será o nosso primeiro encontro!
Há toda uma preparação anterior ao "grande dia" : Que roupa usar? E qual perfume? Como faço com os cabelos? Será que ele vai gostar? E a cartinha? O que será que ele escreveu para mim?
Rsrs
Enfim, não minto que por trás de todo um discurso moralista e social anti datas comerciais, existe um coração apaixonado à espera do 12 de junho que, finalmente, chegou!
Agora deixem-me ir que tenho muito a fazer!
Esperar escurecer...
Ai ai, o amor está no ar...
Eu sinto saudade da felicidade
Saudade de gargalhar
Saudade de sair do lugar-comum
Saudade de viver de verdade
Eu sinto saudade de poder ser
Sinto saudade de saber o que é um final de semana
Sinto saudade de mudar de ares
De me sentir mais viva
Sinto saudade da antiga EU
E de ser menos ISSO
É feriadão e eu estou em casa.
" Não há tempo consumido
num tempo a economizar.
O tempo é todo vestido
De amor e tempo de amar"
C. Drummond de Andrade
São importâncias tão irrelevantes que pairam na cabeça destas reles pessoas... Como têm coragem de abrir a boca para falar tantos “nadas”? E o pior, por que eu ainda dou atenção?
Ai, que vergonha de existir e participar por osmose deste meio.
Ando um tanto quanto cheia desse povo tão igual e nada autêntico, dessa coisa tão idêntica...
Estou tão entediada por tamanha falta de criatividade alheia, que já não mais bato palmas ou recomendo.
Ando tão desacreditada que quase choro quando avisto um diferente entre os tantos tão normais, tão iguais.
Para mim, hoje o belo é o antigo, ou aquele quase não visto.
Ser igual é tão cansativo...
E o pior é que não entendem, já não percebem, tamanha é a coercitividade social. Ah, Durkheim...
Esta "bulímica" consciência é cansativa, não me aflora bons devaneios.
O moderno é tão retrógrado, tão sem nada novo que virou antigo. Um passado presente, que contamina os não doentes.
Seria bom sair na rua e enxergar e essência de cada um, mas elas se escondem, não mais se reconhecem. Talvez, já não existam...
"Bom" é assistir de longe, com cuidado para não se contaminar.
Tradicionalismos enjoam. Mesmices modernas e tais pessoas também.
Escassez intelectual apavora. Conformismos também.
Neste caso, o remédio é estar apático.
Um VIVA aos bregas, ao menos inovam.
Os dias amanhecem em uns lugares, adormecem em outros. O tempo urge, e não há como aplaudir todos os espetáculos da natureza ao mesmo tempo. Não somos velozes o suficiente. Infelizmente.
O tempo. Seria ele um contestador dos nossos limites e habilidades? Tais como: memória, velocidade e humildade? Humildade sim, e o suficiente para nos contentarmos com apenas 24 horas por dia para “darmos conta” de tantas tarefas.
A rotina. Talvez ela seja a maior vilã da pós-modernidade. Sim, porque numa época onde a pressa, a velocidade e a curiosidade imperam, ter a consciência de que ainda não temos a capacidade de nos tornar onipresentes nos desagrada bastante. Isso tudo porque, enquanto isso, o mundo gira lá fora. Portanto, o tempo e a rotina são limitadores de ações. Ter hora certa para acordar, comer, trabalhar e dormir é um pouco chato e muito repetitivo, além de não permitir “sobras de tempo” para desfrutar com outras coisas alheias. Muito chato.
É comum observar as pessoas insatisfeitas com suas atuais atividades e almejando a situação do outro, ou idealizando suas vontades enquanto reclamam da vida. Sempre pensam que poderiam estar fazendo outra coisa ou estar em outro lugar completamente diferente do qual estão agora, aproveitando o tempo ao invés de “desperdiçá-lo”. Todos são realmente diferentes, não apenas em sua forma física ou em ideologias a seguir, mas em suas ocupações e prioridades: Enquanto uns trabalham, outros dormem; uns riem, outros choram; uns brigam, outros se reconciliam; uns vão, outros voltam; uns nascem, outros morrem.
Enquanto isso, com tantas diversas situações acontecendo em um mesmo instante, nada melhor que concluir o que está fazendo para depois poder sonhar acordado. Fazer por onde, para ao menos em pensamento acompanhar tudo aquilo que temos vontade, até que um dia consigamos alcançar uma particular velocidade para presenciar tudo o que quisermos.
Costumo dizer que o meu caminho começa antes de acordar, com o “infeliz” do meu despertador prestes a tocar. Assim que ouço aquele barulinho, já tão conhecido e repetitivo para os meus ouvidos, entendo a mensagem “zuadenta” - que pirraça! Levanto-me, e então me deparo com aquela difícil missão de entrar no chuveiro, que por mais quente que pareça, às 6:12 da manhã é MUITO frio.
Café da manhã? Nem pensar! Meu aparelho digestório ainda não está apto para entrar em ação. Deixo isso para mais tarde...
Saindo de casa e pisando na varanda, meus seis cães me abordam naquela euforia incompreensível logo às 7:00 horas da manhã! Para melhorar este quadro, meu casal de papagaios me surpreende com o seguinte rotineiro bordão: “Loro viado; tabaréééu; café; café...”. Coisas que só o meu “amável”pai seria capaz de lhes ensinar.
Tendo chegado ao ponto de ônibus, tenho tempo o suficiente para me recuperar de tal baque auditivo e visual. Sim, um baque! Pois, por mais que isto se repita cotidianamente, ainda assim não me sinto preparada para tal façanha logo pela manhãzinha.
Sou “rata de ônibus”, mas, mesmo assim, odeio com todas as minhas forças este meio de transporte coletivo. Ninguém o merece! É um tal de empurra-empurra, segura ali, o cuidado para não cair, e a projetada máxima atenção às mãos alheias que me incomodam, e MUITO!
Outra coisa que não suporto no meu caminha de casa até a faculdade é o entra e sai de vendedores ambulantes. Ô coisa chata! É certo que a viagem não fica tão chata quando o ônibus não está lotado, pois, quando isso ocorre, para mim, é garantia de dor de cabeça.
Ao chegar na faculdade, até relaxo... O único problema é pensar que na hora de voltar para casa, outra história parecida estará prestes a começar.
Sendo a escrita mais um dos frutos da necessidade da comunicação interpessoal, hábito não tão contemporâneo, e, em

Ao parar para refletir sobre o motivo pelo qual escrevemos, deparamos-nos com respostas que nos levam a dois caminhos: prazer, ou necessidade. Bem, prefiro afirmar que escrevo, pois acredito que esta é uma arma a favor da liberdade. A palavra que te “alisa” é a mesma que te “fere”. Pode ser pacífica, ou mais perigosa que a mais perigosa força bélica. A escrita é uma arma, saber usá-la é uma dádiva.
Sinceramente, fico imensamente feliz ao encontrar um lápis e um papel ao meu alcance quando estou entediada ou presa em uma atividade pouco interessante. Parece que tomo uma injeção de ânimo instantânea.
Transpor pensamentos, acontecimentos e sentimentos é algo de incomensurável emoção. Uma tarefa sem limites ou privações – de preferência. Saber que através dos nossos escritos, pessoas choram, riem, ou se conformam, nos dá ainda mais força para continuar a fazer o que mais gostamos, e com ainda mais paixão.
Escrever para quê? Eis a questão. Levando-se em conta que a obra muda de acordo com o estado de espírito do autor, deve-se imaginar que ao escrever para o mundo, o escritor desenvolve um grandioso ato não-egoísta para com o próximo.
Artistas, assim os chamo. Aqueles que em meio a vírgulas e travessões conseguem esculpir grandiosas obras-primas, capazes de nos fazer transpirar coração e pulmão ao mesmo tempo, oscilando os batimentos cardíacos e a respiração ofegante e emocionada em um mesmo instante. Assim espero o fazer.
Bem, há de se convir que as pessoas que escrevem, ou que são grandes apreciadoras da leitura, como jornalistas, teóricos, sociólogos, filósofos e poetas, são mais interessantes do que as que por toda a vida calculam. Perdoe-me você, matemático, engenheiro ou físico nuclear. Mas, pessoas assim se tornam um tanto quanto mecânicas. A escrita é uma arte, e exige outro tipo de pensamento, nada quadrado ou pré-formulado.