Reticências  

Posted by: Liz Silveira


A gente não precisa de nada que comprove, que aprove... pois a essa altura já não há o que nos desaprove. A gente não precisa esperar, prolongar ou adiar nada. Está tudo aqui, estamos aqui. Somos isso que nem eu nem você sabemos o que é pois, afinal, nunca fomos antes. Como crianças aprendendo a falar e andar, estamos aprendendo juntos a sentir e viver isso. E isso é tão bom...
A gente não quer nada, mas a gente quer o mundo. A gente quer engolir a gente o tempo todo e durante todo o tempo em que não estamos juntos, a saudade aduba nossas vontades. E é aí que o meu coração se enche de vaidade...
Com toda paz e calma das nossas manhãs, uma euforia vem de dentro e então, eis as questões: Será possível? Dá pra ficar mais feliz? A resposta vem segundos, horas e dias depois, quando os acontecimentos dizem "sim" por nós.
E o céu, o mar, as areias da praia, a música que toca no rádio, o vento no rosto, a chuva inapropriada e todo o resto também. Quando estamos juntos o mundo é todo nosso, as horas passam por nós, tudo ao nosso redor nos homenageia a cada segundo. Eu acho que é por isso que a gente vai até pro inferno juntos... até lá o Sr. Capeta nos abriria um sorriso gentil!
São beijos com vontade e abraços de verdade. O cheiro é sempre muito bom... e os sorrisos, hã? Eu, que nunca fui boba, estou adorando ficar e você, que nunca falou nada, está adorando falar...
Chega. Eu não quero mais nada. Só quero abrir os braços e fechar os olhos... contanto que você me abrace. Só quero encostar a cabeça no seu ombro e ouvir você dizendo tudo aquilo que você me diz nessas horas. Eu não me preocupo com mais nada, pois tá tudo certo, afinal, eu te quero e você me quer... até o resto do mundo parece ser mais legal.
Eu falo, falo e parece que não falo nada. Também, pudera, eu não sei nem o que é isso. Caso você saiba, por favor, explique. Eu tô aprendendo agora... e juro que quero continuar a aprender. Ahh, o que eu mais quero agora são essas reticências...

Um pouquinho de Vinicius  

Posted by: Liz Silveira

Meu amigo que tanto me conhece me enviou a letra de uma música do grande, fenomenal, genial, incrível, desigual Vinicius de Moraes. Obrigada, Phinha! Adorei essa música... rs... (e esse "menina" aí? Olha que eu to ficando velha, viu?),
Bem... voltando ao poeta e compositor, aliás, todo compositor é genuínamente um poeta. Também sou completamente pirada por Chico Buarque, ele compõe para as mulheres. Ele escreve com alma de mulher, é incrível... parece que sabe exatamente o que queremos ouvir. Ah, também sou apaixonada pelo Caetano e suas músicas atrevidinhas, rs. São tantos e tantas maravilhas musicais que temos... Jóias raras!
Essa Menina
Vinicius de Moraes e Toquinho
Você não tem mesmo o que fazer, essa menina
Como é que você já fica toda feminina
Como é que você olha pra mim
Com essa falta de respeito
Olhe que isso assim não está direito, essa menina
Como é que você novinha assim toda se empina
Como é que você quando me vê
Sai requebrando desse jeito
Tudo nesta vida tem a sua hora, viu?
Pois você me diga agora onde é que já se viu
Querer ser colhida assim tão fora de estação?
Olhe, essa menina, suma, vá-se embora, tenha compaixão
Eu já nem sei mais o que fazer com essa menina
Sem desmerecer sua beleza tão divina
Bem, ela vai ver, então vai ser
Tal como manda a natureza, viu?

Coração da Bahia  

Posted by: Liz Silveira


Ahh hoje passei pela Av. Contorno. Como é lindo ver os raios do sol já alaranjados e enfraquecidos invadirem as águas da Baía de Todos os Santos ao fim do dia... Aqui na minha terra deveria ser exigido por lei andarmos sempre com uma máquina fotográfica à tiracolo. Em todos os cantos parece que há um belo quadro surgindo. Basta mudar o ângulo, o humor e, principalmente, a depender do tempo, temos variações sobre um mesmo lugar.

Machuca muito perceber o comércio e seus arredores... a lendária Rua Chile, por exemplo, quase abandonados e em estado degradante (ao serem comparados ao que eram). Um cenário tão ímpar e alucinante como o que temos merecia todo o cuidado. Mas quem se importa...

"Batendo perna" por ali, senti como se o coração da cidade pulsasse pedindo socorro e dizendo:

- "Olhem aqui! Ainda estou viva! O mar continua lindo, o sol ainda ilumina do mesmo jeito e as folhas também balançam. Façam a parte de vocês, pois ainda quero fazer a minha... Que tal fazermos juntos?"

Pisando na lua  

Posted by: Liz Silveira


Olá caros,

sabe quando você tem tanta coisa pra dizer que na verdade não quer dizer nada? Quando você se transforma num balão cheinho de novidades para partilhar mas, de tão bom, você se torna egoísta e resolve guardar tudo para si mesmo? Talvez eu seja melhor escritora quando não estou tão feliz e satisfeita. É. É isso mesmo. Satisfação seria um grande inimigo de nós, aspirantes a alguma coisa que se assemelhe a "razoável" escritora, blogueira, jornalista literária... enfim, como quiserem chamar.

Mas o balão está prestes a explodir. Não dá pra segurar, preciso reciclar essa felicidade! Para esvaziar é preciso colocar pra fora e deixar que mais coisa boa entre! Agora estou de saída e um pouco atrasada, logo mais coloco um post digno do que quero realmente dizer.

Contudo, só para não deixar em aberto, posso adiantar que sei exatamente o que Neil Armstrong sentiu em 21 de julho de 1969 ao pisar na lua... e garanto, os efeitos colaterais são perigosíssimos! Mexe com estômago, cabeça e coração! Ah... na verdade "verdadeira", mexe da cabeça aos pés!

Que pena!  

Posted by: Liz Silveira

Eu tô com pena do mundo
Eu tô com pena desse todo mundo
Pena dos vermes
dos germes sem chão
Pena desses poucos grãos

Pena
Que pena!

Eu tô com pena de tanto desespero
de tanta gente só
Que dó!

É uma pena...
Eu sinto pena dos tão travestidos
Do chão de isopor
Dessa vida sem cor
Eu sinto pena de tanta coisa pequena
Ah... que pena!

Eu sinto pena de tanta barriga cheia
e cabeças vazias

Eu sinto pena do grão que ninguém regou
Dos vermes que ninguém curou
E da criança que ninguém amou
Eu sinto sim...

É... é uma pena, não?
Ahh... tenha dó!

Achei bonitinho...  

Posted by: Liz Silveira


Relax baby!  

Posted by: Liz Silveira


Mais cedo uma amiga veio chorando me pedir um abraço. Ao ser questionada sobre o motivo das suas lágrimas, ela respondeu que estava com raiva, muita raiva de outras pessoas. A precedência de toda essa raiva não vem ao caso, o que importa é que isso me levou - mais uma vez - a pensar e constatar que sentimentos como estes são completamente desnecessários e autodestrutivos. A raiva, a mágoa... são coisas que não devemos cultivar. Aliás, sequer permitir que surjam. Salvo pequenos momentos que nos fujam do controle... mesmo assim, deixe que vão embora ou extravasa de vez!

Sei que se conselho fosse bom se vendia, mas sugeri que certos sentimentos não são para ela. Sentimentos como estes não são nobres, são de gente pequena e infeliz. E nós não somos assim. Ela é linda, contagiante e brilhante! Sempre o centro das atenções! Felicidade, alegria e bom-humor - ESSA é você!

No Pelô  

Posted by: Liz Silveira

(Faz de conta que esse texto foi postado há dois dias, no caso, segunda feira 17-08-09, tá?)

No outro lado da cidade, onde a essência da mesma se traduz, percebo-me parada bem no meio de uma das estreitas ruas de paralelepípedos. Cá estou, numa atípica segunda-feira de agosto, em pleno centro histórico de salvador- o Pelourinho. Olho para os lados e lá estão os caraterísticos guardinhas fardados em cada esquina. Confesso que eu gostaria que não fosse necessário tantos deles, já que a função básica delegada é, certamente, proteger os turistas dos "moleques de rua", em sua maioria. Muitos, moradores do próprio bairro e nossos conterrâneos. Enfim...
Sozinha, decido adiar um pouco a minha volta para casa e caminho em direção ao Largo do Cruzeiro de São Francisco. No percurso, deixo-me levar pela magia envolvente desse lugar que nós, baianos, já olhamos com olhos tão acostumados. Agimos como se o batuque que ecoa dos antigos casarios 365 dias por ano não fosse especialmente encantador dentre tantas outras particularidades nossas - exploradas em demasia, admito - como as cores, o cheiro de dendê, o turbante da baiana de acarajé e o sorriso e gingado dos nossos negros e mulatos.
O Pelourinho não pára, não dorme. Os comerciantes e vendedores ambulantes, ou mesmo artistas de rua tentam sugar a qualquer custo algo dos transeuntes, geralmente turistas branquelos, esguios e de língua enrolada ao esboçarem tímidos "não, obrrrigádow".
Ao me sentar numa charmosa lanchonete, peço um capuccino médio, saboreio aquela delícia polvilhada de canela e assumo a posição de humilde espectadora por alguns instantes. Surpreendentemente, constatei, há uma grande semelhança entre os estrangeiros e nós: quem vai ao Pelourinho percebe-se numa íntima busca à tão comentada baianidade nagô. E ali eu estava: uma baiana querendo se abaianar.

(i)Real  

Posted by: Liz Silveira


Eram tantas leis que o que eu mais queria era me desvirtuar. E entre tantas idas e vindas nessa tentativa rebelde, dei um tiro no escuro e parece que acertei em algum lugar... daí então decidi parar e me entregar àquele que, dentre tantas regras, virou exceção. A minha loucura encontrou a sua. E o meu riso, os meus medos, os meus anseios, os meus desejos, a minha vida e o meu coração também.

Desde então bato o martelo que o caminho mais seguro e real para a felicidade é se jogar na cegueira surreal e pintar a vida com as cores que eu quiser...



Saca-rolhas  

Posted by: Liz Silveira


Pra falar a verdade, eu acordo muito feia. Pior ainda quando estou de TPM - o que, graças aos raios de Iansã, não é a minha realidade no momento. Na maioria das vezes acordo com a boca inchada e vermelha, mas não de um jeito sexy. É inchada e vermelha como se eu tivesse levado um murro mesmo. Minhas bochechas e nariz, às vezes, seguem essa moda também. Eu sempre acordo com um pouquinho de maquiagem borrada já que, mesmo que eu lave o rosto com sabonete neutro e passe a droga do demaquilante, parece que resquícios de lápis e rímel jorram como lágrimas. É mágico, pareço um panda. Eu sei que o correto é pentear os cabelos antes de se deitar, mas como eu quase nunca lembro de fazer isso sempre levanto da cama parecendo a encarnação da medusa. Sem falar das minhas incríveis variações hormonais. Ou eu acordo tão inchada como se fosse um peixe-boi com bochechas de baiacu, ou acordo com um aspecto seco e doente, sem bochechas, com clavículas e costelas expostas e - lógico - a boa e velha pancinha saliente. Sou realmente uma princesa todas as manhãs. Dou o maior ponto pro louco que continua sendo até mesmo meu amigo depois de presenciar tal fenômeno. Penso: "esse aí é gente fina".

Eu sou cheia de manias e finjo não ter tenhuma só pra parecer normal. Eu ouço músicas desconhecidas e assisto a filmes que ninguém assistiria. Quero sempre ler três livros de uma só vez e me embolo tanto que depois sorteio um e decido termina-lo. Eu sou fechada mas pareço até engraçada. Não sou de abraços, carinhos e fofuras mas - quando sou - sou. Não sou cheia de amigos mas conheço um monte de gente. Sou muito direta, às vezes pouco discreta e não me abalo com qualquer porcaria que deveria ter alguma importância. Tenho nariz empinado, cara de safada, bunda de piriguete e jeito de perigosa (ouço isso há anos) mas, mesmo assim, há quem diga que sou manhosa, doce e gentil. Acho quase todo mundo desinteressante e vazio, mas sempre busco subterfúgios para partilhar de agradáveis momentos de sociabilidade. Gesticulo muito e não tenho muita paciência com os outros. Só faço o que eu quero, na hora que eu quero e com quem eu quero e não me importo nem um pouco se isso tá certo ou errado. Já me senti muito culpada por ser tão estranha, tão focada em mim. Mas nou consigo, muito menos agora. De uns tempos pra cá tenho sido mesmo o centro das minhas atenções, meu parque de diversões. Estou tão cheia, tão entupida de mim que às vezes me sinto como um saca-rolhas. Fecho os olhos esticada e pelada na cama e finjo esquecer meu nome - tem horas que até consigo. Nem meu nome me importa.

Estou aqui encostada na minha velha cabeceira enrolada numa toalha de bichinhos lembrando que há pouco, analisando uma espinha que se assemelha a um terceiro olho, estava silenciosamente me amando. A melhor coisa dessa vida é ter a certeza de que somos e-x-a-t-a-m-e-n-t-e aquilo que gostaríamos de ser. A carcaça pode até mudar, melhorar... mas o jeito, o riso, o gozo, o choro e a essência serão sempre os mesmos - que bom!

Eu gosto de pessoas mas gosto de pouca gente, entende? Quando eu gosto eu gosto e gosto até o fim, até que me provem o contrário. Não meço ninguém de longe, pois não sabemos o tesouro ou a carniça que o outro guarda dentro de si. E eu prefiro ser assim. Surpreendente, pouco óbvia. Não faço média nem comigo mesma, portanto, se algum dia eu lhe elogiar, ligar, abraçar ou quebrar o pau com você, tenha certeza, é sincero.

Poucas coisas me importam de verdade, quase nada além dos meus sonhos, minha história e os retritos que amo, adoro ou faço questão de estar. Mas, estranho, nem por isso quero que o mundo se exploda. Muito pelo contrário, queria que fosse melhor e que as pessoas fossem melhores e mais felizes também. Para que, só assim, eu conseguisse adora-las e então me importasse com mais coisas além de mim.

Chega de realidade  

Posted by: Liz Silveira


Acordo de manhã cedo e pulo da cama disposta, sem sono e sem olheiras. Meu hálito é de menta e meu cabelo está lindo e arrumado. Abro a janela feliz e sorridente para deixar os raios de sol entrarem e contemplar aquela bela vista de formações montanhosas, seguidas de trechos de rios com flores amarelas nas bordas. Ah, esqueci de dizer que moro na romântica e italiana Toscana. Saio do meu aconchegante quarto e caminho por minha linda casa antiga e tradicional de piso amadeirado, pé direito alto e grandes portas e janelas pesadas. Ao chegar à copa, um belo desjejum com pães, tortilhas e café fresquinho me espera. Tudo preparado por minha querida empregada, uma senhora grisalha, simpática e gordinha. Nós nos damos super bem e ela sempre adivinha o que eu quero sem que eu precise nem saber que é aquilo mesmo que eu quero – ela adivinha!
Tomo banho em minha suntuosa banheira branca cheia de sais relaxantes, enquanto leio o jornal do dia. Qual não é a minha surpresa ao ler mais uma crítica bondosa e elegante sobre o meu último Best saller¿ Visto o meu roupão felpudo e caminho até meu closet, escolho um tailleur Chanel e calço um dos meus 200 pares de Christian Louboutin. Todos estão organizadas em ordem alfabética, respeitando os nomes dos ilustríssimos estilistas internacionais – todos meus amissíssimos. Ouço a porta abrir devagar e, quando saio para espiar, vejo o meu belo marido que está chegando de viagem com um enorme buquê de flores exóticas da época e cheio saudade e amor para dar. Descanso o buquê na mesinha e ele me come ali mesmo. E depois no sofá, encostada na parede e, enfim, vamos à nossa grande cama de lençóis egípcios de milhões de fios brancos e macios. Meu marido, coitado, fica encabulado por não conseguir gozar sete vezes como eu, mas se dá por satisfeito por ter conseguido dar quatro e meia. Ele me olha com cara de apaixonado e diz que, mesmo depois de tantos anos, eu continuo com o mesmo rosto e corpo de menina de sempre. Nos abraçamos e então fazemos juras de paixão eterna. Meu telefone toca: é a minha secretária me lembrando da reunião logo mais à tarde. Não surpreendentemente, mais um dos meus roteiros de filmes é aprovado e chovem convites de revistas renomadas para que eu escreva, piedosamente, uma coluna semanal sobre o que eu quiser.
Pego o meu mini Cooper vermelho e dirijo alegremente ouvindo o CD de jazz - que Michael Bublé dedicou especialmente para mim - até a minha pequena videolocadora de filmes de arte. É um lindo ambiente com direito a cafeteria e varandinha branca. Dou uma passada de olho nas estantes lotadas, cumprimento os clientes, arrumo os arranjos de flores (sim, flores. A videolocadora é minha e eu a arrumo como quiser) e dispenso o convite de um envolvente italiano para almoçar. Vou a tal reunião onde estouramos uma champagne e celebramos o meu sucesso. Volto para casa, ligo a TV e assisto ao noticiário que nos trás a confirmação de morte epidêmica de todas as criaturas fakes, vazias e que fazem beicinho para sugerir sensualidade. Também fico sabendo que Paris Hilton tomou tanto laxante que foi evacuada junto. Todas essas criaturinhas saltitantes seguiram a luz em direção ao quintal do céu para onde irei quando desencarnar e estão aprendendo a tocar harpa para compor a minha recepção - daqui a 110 anos.
Meu marido maravilhoso chega do trabalho com um sorriso no rosto e me pergunta gentilmente o que eu quero para jantar, quando tento responder ele cala a minha boca com um beijo carinhoso e diz que tenho meia hora para me arrumar. Ele abre a porta do carro e me fita com um olhar sensual. Seguimos rumo a um restaurante tipicamente italiano (sim, sim! Moro na Itália!). Comemos massas elaboradas especialmente para nós e bebemos os melhores vinhos locais. Comemos até a sobremesa, já que eu nunca engordo e nem ele. Somos eternamente belos e joviais como Brad Pitt e Angelina Jolie.
Ao chegarmos a nossa casa dos sonhos fazemos amor (de manhã foi sexo) na beira da piscina e ele me oferece a lua e as estrelas. Tomamos uma chuveirada rápida e desmaiamos abraçados na cama. Num susto abrimos os olhos e nos lembramos que amanhã doaremos um milhão de euros para os refugiados no Paquistão. Agora sim, dormimos tranquilos. De repente, o despertador toca e encontro um bilhete dobrado no travesseiro ao lado. Ao abrir, os dizeres:
- Acorda, retardada! Pára de sonhar e anda logo pra não se atrasar. Assinado, Liz.

Tempos modernos  

Posted by: Liz Silveira

Contemporaneidade, evolução tecnológica, rapidez, pós-modernidade. Essas palavrinhas, definitivamente, me assustam. Nunca pensei que, no auge dos meus 21 anos, diria isso mas:

- no meu tempo...
Eu brinquei de boneca até meus 11-12 anos. Sim, tarde ? Tudo bem que saí da boneca direto para o beijo na boca. Aliás, mesmo brincando de Barbie eu também brincava de Salada Mista e Verdade ou Consequência (selinho). Mas não vem ao caso agora. Bem, meu quarto era um verdadeiro paraíso para qualquer criança. Era um quarto rosa, com papel de parede de ursinhos dançando ballet, ventilador rosa-bebê, cortinas brancas e volumosas com dois grandes laçarotes acolchoados para prendê-las durante o dia e deixar o sol entrar. Eram prateleiras e armários de diferentes tamanhos ao redor de todo o quarto, todos guardavam incontáveis bonecas, bichinhos de pelúcia, minha inareditável coleção de Barbies, conjuntinhos de panela e até um fogão tamanho família! Minhas bonecas tinham carrinho de bebê e até cadeirinha para almoçarem ao meu lado. Mas eu também corria, pulava corda e elástico e adorava um pega-pega ou pique-esconde. Gostava mais ainda quando era café com leite, sacaneava todo mundo. Era a melhor na amarelinha e, nas férias de verão, subia em qualquer tipo de árvore com a agilidade de um moleque de rua. Ainda nas férias (morro de saudade dessas férias, da nossa casa, do barulho da buzina do vendedor de pães, do mingau de tapioca, de Seu João, do riozinho que tinha siri, do sorvete na praça, do meu balanço, do cheiro da casa...), eu e meus fiéis escudeiros - os filhos dos nativos ou dos hippies da praça, esperávamos a maré encher para subir nos barcos e brincar de pescadores em alto mar, para o desespero dos meus pais - logicamente. Fora as excursões de bicicleta que eu fazia sozinha com alguma boneca no cestinho ou minhas longas conversas com meu amigo imaginário, o Zé. O Zé era legal, ele comia as cascas dos biscoitos e eu os recheios - minha mãe não poderia contrariar o Zé, né?


Enfim, esse breve resumo foi só para elucidar a minha triste surpresa cada vez que vejo meninos e meninas agindo frequentemente de forma inapropriada. Não que ouvir uma música num IPod ou MP5 da vida seja desaconselhável, refiro-me a outras coisas. Por exemplo, videogame deveria ser uma opção dentre várias outras de diversão, não a única. Quando adultos não têm mais o que fazer e não querem ler livros, estes sim, navegam na internet. Criança não. Criança SEMPRE tem algo para fazer. Cadê os brinquedos criativos e educativos de madeira? Extinguiram-se? E essas meninas de 10 anos que se vestem como mocinhas? Cadê os vestidinhos, os babados, as estampas de bichinhos? Tratamento de estética para meninas de 12 anos? Algumas nem menstruaram ainda! Salto alto só o da mãe, para ficar usando em casa brincando de ser gente grande, sair na rua jamais!
Eu não vejo mais infância. Eu não vejo mais aquelas Xuxas, Elianas, Angélicas ou Maras Maravilhas. Ninguém assiste aos Ursinhos Carinhosos, Os Smurfs ou brincam de pegar anéis enormes e gritar "Terra, fogo, ar, agua: Capitão Planetaaa!". No lugar da Cinderela, A bela Adormecida, A Branca de Neve, A Pequena Sereia e A Bela & A Fera temos Hanna Montanna e High School Musical.
É, tempo bom não volta mais... Tive uma infância incrível ao lado de meus pais e irmãos. Agradeço a eles por terem me ensinado que tudo tem seu tempo e que, um dia, eu entenderia isso. E hoje entendo. Não tenho palavras para agradecer esse berço que tive e tenho. É uma pena que muitos não tiveram a mesma sorte, se todos soubessem o que isso significa não seriam condizentes com esse extermínio da ingenuidade e delícia que é ser criança.
Resolvi escrever este post ao assistir uma matéria sobre as novidades tecnológicas. Achei deprimente observar aquelas coisinhas pequenas hipnotizadas e robóticas em frente a uma tela de plasma.

Simplesmente  

Posted by: Liz Silveira



Sabe aquela música super chata de Ana Carolina e Seu Jorge? Aquela tal de É Isso Aí? Pois é, já não a acho tão chata assim. Tem uma parte que me faz refletir sobre o momento que vivo hoje e sobre a real felicidade.


Felicidade é um estado de espírito e, mesmo com todos os impasses do nosso dia a dia ou obstáculos e caminhos tortuosos que enfrentamos, quem É feliz É. Entende? Podemos ficar tristes. E não o contrário. A felicidade verdadeira não vem em pequenos momentos caros e eufóricos. Isso aí existe sim - e é ótimo. Mas, assim como tristes, ficamos eufóricos.


O talItálico trecho da música é o seguinte:


"A vida tão simples é boa..."


E é isso. Só isso. Descobri que sou feliz, mesmo com tantos recentes momentos eufóricos.


Mas precisei descobrir isso. E cada dia que passa só serve para confirmar.


Ei, você. Culpado de minha descoberta. É, é de você mesmo que estou falando. Nossos pequenos grandes momentos de felicidade são simplesmente perfeitos. Coisa rara... Uma felicidade consequente de motivos que nem eu sei quais são... O que temos é difícil de ver por aí... E parece tão fácil...

Segredo antigo (by Dendê)  

Posted by: Liz Silveira

- De repente, fuçando arquivos antigos do blog, encontrei este post que não seria jamais publicado... não fosse o pedido de um, e a vontade da outra. Estava com vergonha, ainda era cedo para revelar a certas besteiras. Mas agora, tanto faz, pouco importa... quero mesmo é ser essa boba torta... o que você não me pede chorando que eu não faço sorrindo, hein??
(hehehe
...)
Eu vou contar um segredo. Mas fica só entre nós, tá?

Sabe aquela coisa meio utópica que nos dizem em relação à vida? A famosa nada é por acaso? Então... eu acho que concordo. Acho não, defendo como tese!
De repente, esse acaso resolve acontecer e pimba: muda tudo. Vem um furacão Katrina aí da vida e tira tudo do lugar, faz um salão nos meus pensamentos e faxina no resto todo. Por dentro e por fora. Logo no início era um conflito armado. Eu lutando comigo e contra aquele caos instalado no universo ao meu redor. Dúvidas, incertezas e receios eram engolidos concomitantemente ao café, almoço e jantar. Até que, de repende, ergui bandeira branca e deixei o acaso ganhar. Olhei para a felicidade e disse, acanhada: "vem, pode entrar".
E foi a melhor coisa que já fiz. Estou desafiando todas as leis antes impostas. As minhas próprias leis. Como pode, Liz, estar sempre bem? Como? De repente, comprar parafusos virou um programaço em plena segunda-feira branca. E o pior é que eu estava verdadeiramente feliz encostada naquele ombro, cansada, com sono e em pleno meio dia. Achar interessantíssimo entrar naquele cubículozinho cheio de porcas, parafusos e uma coisinha engraçada que eu acho que se chama Chapéu de Parafuso. Ah, sei lá. E eu ficava lá, encostada no balcão enquanto ele, usando botas engraçadas, comprava Chapéus de Parafuso. Sem querer, distraída, observava alguma coisa na rua quando o percebi lá, olhando pra mim e sorrindo com a mão na cintura. Mas não sorria sozinho, os seus olhos também. Logo, pensei, tem alguma coisa errada. Se ele está assim, como é que eu estou? Babando?
E quando a melhor parte da festa é a volta pra casa, quando juntos incorporamos uma dupla aventureira, ambos com menos de 15 anos, e berramos sem juízo todas as letras estranhas daquele CD estranho mas que vocês sabem que, estranhamente, significa alguma coisa. Ou quando fazemos piada de tudo e todos e a barriga dói de tanto rir? Ou quando, lindos e perfumados, chegamos num bar lotado e um dilúvio nos pega de surpresa mas, mesmo assim, entramos, bebemos e nos divertimos como nunca?
Sem querer, assim... sem avisar, algumas pistas aparecem. Como quando despertamos juntos após 3 horas de sono apenas, e sorrimos dispostos a dar continuidade àquela sensação gostosa de estarmos juntos após mais um dia de agradáveis surpresas. Quando eu volto do banho enrolada em alguma coisa e você está lá de bermuda e cabelos molhados e vem me dar um beijo e um abraço. Você me olha daquele jeito... enquanto eu sinto aquele cheirinho do creme que você passa no rosto e que é só seu. Tem cheiro de "acordamos juntos". Eu gosto do seu jeito de andar e quando você fica me cheirando de olhos fechados. Eu adoro a sua risada contida e a sua cor, diferente da minha. E os seus olhos, diferentes dos meus. E a sua boca, quando beija a minha. Eu fico sem graça quando sei que você está me olhando e filmando cada gesto meu. Mas eu gosto disso. Eu acho graça quando você fica com ciúme e todo sério, mas basta uma piadinha minha que você sorri e dá três tapinhas na minha perna quando na verdade quer voar no meu pescoço (...)

 

Posted by: Liz Silveira

Sono. Muito sono. Descobri que, contraditoriamente, energético é o pior inimigo no combate à indisposição!
Durante dois dias senti um sono massacrante, até minhas veias bocejavam! Por aí tudo bem, pensei:
- "Oba, vou brincar de urso polar e hibernar durante, no mínimo, 12 horas seguidas!"
HA-HA... Doce ilusão. O máximo que consegui foi ensaiar alguns cochilos. Resultado: olheiras deprimentes, olhos lacrimejantes, bocejos incessantes!
Argh!

O cara dos desenhos  

Posted by: Liz Silveira


Tanta gente nesse mundo é enganação, só pode. Pare pra pensar: quem é que é alguma porra realmente? O mundo é dividido entre os que fazem encenação, que dá aí uns bons oitenta e cinco por cento (procure por aí, as pessoas em festa como se cada movimento fosse um clique de foto, o jeito de sentar milimetricamente calculado para nada querer dizer, procure, tantas poses com milhões de amigos e amigas de infância, procure por aí os olhares misteriosos se dando uma importância transcendental com o charme de não aparentar nenhuma, os carros e lugares caros sem querer querendo aparecendo ao fundo das fotografias, os jogos de tortura mental, ligo na terça pra dar tempo dela sentir falta na segunda, sair por cima é a única saída, procure, são tantos os tipos, eruditos preenchidos do sentir externo, felizes de morrer, tristes de matar, artistas papagaios, piadistas sem humor próprio, “autênticos” em série, pessoas super legais e simpáticas o tempo todo, menininhas ouvindo seus IPods com as músicas do momento, pois está na moda. Tudo fruto de ensaio, tudo fruto de frase pronta ou sensação copiada).

Há também os que simplesmente desistiram da vida (os que vagam semi mortos, não se importam mais com machucados, cartas, barulhos de chuva e músculos. Não se preocupam com o que vão dizer ou pensar ou causar ou carregar, foda-se! Que venha a morte mas antes, se der pra gozar só mais uma vez, só mais uma vez, de barrigada ou caridade, agradecem de coração. É o princípio dos alcoólicos anônimos, só que pra parar de morrer: só mais um dia vivendo. Os que não vivem quase enganam que são de verdade, com seus panos, movimentos e bens igualmente abandonados... mas ser de verdade sem “estar” não vale muito, pense bem).

O mundo é dividido entre os que sentem o que gostariam (e não o que sentem) e os que não sentem mais e "ufa, melhor assim". E no meio dessa merda toda, de vez em quando, aparece alguém de verdade. E apareceu. Apareceu o cara dos desenhos. O cara dos uivos e pulos e rabiscos e jeito de olhar que dá vontade de uivar e pular e rabiscar. Eu senti bater fundo, um murro no estômago, um soco no rim! Ele estava lá, vivendo! Ele era, ele sentia. Em cada traço uma catarse daquilo que só ele sabia. Em cada traço ele, tão piedoso, parecia querer dividir com o mundo um pouquinho de emoção "toma, pobre ser inerte de merda. Toma um pouco de vida pra você, larga essa sua carapuça ocidental e experimenta viver sem ser por osmose!" Era isso. Era exatamente isso que ele parecia dizer. Temos aí um ser humano em plena atividade de estar vivo e ser ele próprio. Essa espécie em extinção chamada pessoa, ou gente, ou cara. O cara dos desenhos.

Nosso encontro se deu enquanto eu atravessava uma passarela, lamentei não poder registrar com uma foto. Agora entendo pra que serve um celular com câmera. Quero um também, vai que encontro mais vivos por aí...

Maldade genuína  

Posted by: Liz Silveira


O mundo está cheio de loucos.


Não é uma suposição, o que me deixa bastante assustada. Ainda bem que não resolvi seguir carreira de psicóloga, psiquiatra ou derivados... Certamente, estaria frustrada!

Tenho observado ainda mais do que de costume pequenos atos "falhos" e tentado prestar mais atenção aos diálogos alheios. Pai do céu... Tá faltando eixo nesse povo!

Não me refiro a ninguém em especial não, ah... seria bem melhor assim.

E pior do que desvairadas, as pessoas estão/são ruins. É isso mesmo. Ruins umas com as outras. Mórbidas, diria. A cada dia que passa parece que a maioria resolveu incorporar um verme, uma praga que só quer falar e fazer mal ao próximo. Além disso, tem gente que traz consigo uma coisa estranha... uma energia negativamente carregada... sei lá como explicar isso.

Não tem aquela frase Fazer o bem sem olhar a quem? Então... é como se tivessem invertido este lema e tentassem fazê-lo valer a todo vapor!

Não sou nenhum anjo em forma de gente não, isso não é nenhuma novidade! Também não sou a mais fofa e muito menos meiguinha das criaturas. Pelo contrário. Sou, inclusive, daquele tipo de pessoa que difícilmente agrada ao primeiro olhar (2º, 3º... rs), justamente por falta de tato. Mas isso não me impede de desejar, de coração, o melhor a quem me rodeia.


Enfim... isso não interessa. Blah!


Acho que não estou conseguindo expressar claramente o que quero dizer, o que é muito raro. Porém, resumindo, acho que se trata de questões internas mal resolvidas... o que me leva a crer mesmo que o egocentrismo está na moda. Seria mais ou menos assim:


- A minha vida tá uma bosta, tudo dá errado para mim, sou uma pessoa vazia e desinteressante, logo, a culpa é do universo!!! Ah, quero que se fod* você também!!!


É isso? Bem, é o que parece ser.



 

Posted by: Liz Silveira

Estudando semiótica aprendemos a dissernir certas coisas. O que são ícones, índices e símbolos, por exemplo.

Enfim...

Tenho alguns:

- Pipoca doce
- Chocolate branco
- Mousse de maracujá
- Cazuza
- Brigadeiro de panela
- ...

Eu me rendo!  

Posted by: Liz Silveira

Navegadores de plantão, comunico-lhes que SIM! Tem Liz no Twitter agora!




Vamos ver o que esta nova ferramenta "tazmaníaca" da comunicação tem a me trazer de bom - ou não... Rs

Let´s see!

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Mulheres do hortifruti  

Posted by: Liz Silveira


Hoje no programa Geraldo Brasil estavam reunidas todas as musas do funk:



- Mulher filé

- Mulher morangiunho

- Valeska Popozuda

- Mulher melão

- Mulher qualquer outra fruta que não me recordo no momento



Suas apresentações eram de uma sutileza e elegância ímpar. Senti-me até honrada pela homenagem a nós, brasileiras, elogiadas nas belíssimas composições musicais. Nas mesmas, somos retradatas com fidelidade sem igual, chamadas de apelidos muito carinhosos pelos autores. São delicadezas como "com esse rabão de ouro ela reina absoluta", ou então "vem pra cá minha cachorra e me lambe até o osso". Foi realmente emocionante. Estou sem palavras, em estado de êxtase.

Mas poxa... Com tanta concorrência vou ter que me contentar com o título de Mulher Semente ou Caroço de Manga... Bagaço de Laranja, talvez. Se tiver sorte...











Fases  

Posted by: Liz Silveira



Estava conversando com uma amiga especial - cuja identidade não julgo necessário revelar, a menos que a própria se prontifique a isso, rs. Conversávamos sobre assuntos corriqueiros do dia a dia, assim como a vida pessoal, logicamente!

Ela me enviou um texto de Veríssimo e concordamos que ele descreve friamente uma fase pela qual toda mulher já passou - ou vai passar, certamente. Relembramos algumas coisas e chegamos à seguinte conclusão:



- Viver é bom. Todas as fases passadas foram ótimas. Porém, assumimos, nada como estar exatamente como estamos AGORA.





Nada como trocar alguns momentos de euforia por uma felicidade que lhe acompanha 24 horas...



Não se assustem com o início... sigam em frente com esta leitura e garanto que entenderão, rs.





DAR NÃO É FAZER AMOR
Luis Fernando Veríssimo


Dar é dar.


Fazer amor é lindo, é sublime, é encantador, é esplêndido.

Mas dar é bom pra cacete.

Dar é aquela coisa que alguém te puxa os cabelos da nuca...

Te chama de nomes que eu não escreveria...

Não te vira com delicadeza...

Não sente vergonha de ritmos animais.


Dar é bom.


Melhor do que dar, só dar por dar.


Dar sem querer casar....


Sem querer apresentar pra mãe...


Sem querer dar o primeiro abraço no Ano Novo.


Dar porque o cara te esquenta a coluna vertebral...


Te amolece o gingado...


Te molha o instinto.


Dar porque a vida é estressante e dar relaxa.


Dar porque se você não der para ele hoje, vai dar amanhã, ou depois de amanhã.


Tem pessoas que você vai acabar dando, não tem jeito.


Dar sem esperar ouvir promessas, sem esperar ouvir carinhos, sem esperar ouvir futuro.


Dar é bom, na hora.


Durante um mês.


Para os mais desavisados, talvez anos.




Mas dar é dar demais e ficar vazio.


Dar é não ganhar.


É não ganhar um eu te amo baixinho perdido no meio do escuro.


É não ganhar uma mão no ombro quando o caos da cidade parece querer te abduzir.


É não ter alguém pra querer casar,

para apresentar pra mãe,

pra dar o primeiro abraço de Ano Novo e pra falar:"Que que cê acha amor?".


É não ter companhia garantida para viajar.


É não ter para quem ligar quando recebe uma boa notícia.


Dar é não querer dormir encaixadinho...


É não ter alguém para ouvir seus dengos...


Mas dar é inevitável, dê mesmo, dê sempre, dê muito.


Mas dê mais ainda, muito mais do que qualquer coisa, uma chance ao amor.


Esse sim é o maior tesão.


Esse sim relaxa, cura o mau humor, ameniza todas as crises e faz você flutuar


Experimente ser amado...