Sadomasoquismo sentimental  

Posted by: Liz Silveira


Ao parar para ouvir estórias de outras pessoas, ou relembrar fatos de minha vida, cheguei à seguinte conclusão: Somos todos uns sadomasoquistas sentimentais!

Por que será que você sempre ouve suas amigas reclamarem mil e um defeitos tenebrosos de seus companheiros mas, mesmo assim, continuam com eles? Ou casais assexuados que permanecem jutos apenas por comodidade? E, para finalizar os exemplos, pessoas que descobrem descaradas traições e não fazem nada a respeito - ao contrário - ficam ainda mais idiotizadamente apaixonadas!

Já ouviram aquela frase "mulher só gosta de homem que não presta"? Pois então, será mesmo preciso aprisionar-se a esta "regra social" cafajeste?

Muitos dizem que só com a dor se aprende; da dor tiramos as melhores lições; com a dor sabemos o que não se deve repetir. Talvez...

O mais engraçado é que a dor - otimistamente considerada passageira - nunca é finita. Sabe aqueles sábios conselhos dos mais velhos, do tipo: "É errando que se aprende, minha filha. Essa não é a primeira nem a última desilusão de sua vida, é assim mesmo."? Então é isso? Nascemos, vivemos, sofremos, morremos e, ainda assim, os outros sofrerão por nós?

Bem...

Prefiro atravessar a rua e seguir com outros caminhos, é injusto tanto trabalho para nada. Não acredito que só aprendemos quando há dor e sofrimento. Afinal, não há nada mais chato do que alguém se lamentando. Ou pior, você com pena de sí mesmo!

Rir é SIM o melhor remédio... E não dar muita relevância às coisas também.

Mas, aqui para nós, nada como aquela dor maravilhosa de ver uma era se acabar... Ou lembrar de um tempo que não volta mais... E essa dor... ela se chama saudade.

Praga natalina!  

Posted by: Liz Silveira


E de repente você se depara como uma perdedora, ou melhor, ganhadora. Sim, ganhadora dos 2 kg que você se esforçara tanto para perder e caber num lindo vestido. Tudo isso porque o natal resolveu se estabelecer justamente quando você decidiu ficar linda e magra para o verão!
Não há nada neste mundo mais deplorável do que rabanadas, pernis de porco ou quitutes natalinos que sobram e perduram durante dias em sua geladeira! Você não pode fazer nada contra isso - além de consumi-los enlouquecidamente!
Faltam cinco dias para o reveillon e eu já decidi minha roupa. O problema é que ela estava linda quando eu estava chegando (cof, cof...) no peso ideal. Não, não vou trocá-las...
Pior ainda é perceber que estes dias que antecedem a data do reveillon são justamente os que marcam a chegada (e permanência) da sua temida TPM (e inchaço abdominal, ânsia por chocolates e espinhas).
O que fazer quando, de repente, o chão se abre e o teto desaba em sua cabeça???

Outra fonte do Dique do Tororó  

Posted by: Liz Silveira

Foto por Liz Silveira.

Agora eu sei  

Posted by: Liz Silveira


De repente, quando tudo parece nublado, aparecem novos sorrisos no teu próprio rosto.

Novas formas de sorrir (nem tão velhas assim), juntamente com idéias que parecem tão tolas diante da realidade.

Às vezes dá até preguiça de correr atrás do que sempre soube que seria...

Prefiro calar-me diante de uma possível catástrofe; contento-me com meu caminho de pedras brancas, ao menos as conheço bem... de uma certa forma...


A vida se forma de coisa que antes não sabíamos mas, como diz a música de Dani Carlos, "Agora eu sei..."

E o cordel diz que:  

Posted by: Liz Silveira


" Eu vou cantar pra saudade, descer da minha cabeça e comandar sua festa... Aquele cheiro, som e imagem do teu corpo... incendeia! E um rio carregado de saudade vem correr na minha veia, é como a luz da lua que atravessa a parede da cadeia, clareia mais forte que o sol...!"
(Cordel do fogo encantado)



Maria Eduarda  

Posted by: Liz Silveira




À você, minha princesa, longos anos de saúde e felicidade.




Gloriosa menina dos olhinhos mágicos...


Tão pequenina e tão gigante.




Gigante em amor e magia, na sua fala suave que cintila aos meus ouvidos.


A mais bela e poderosa, a mais querida e esperada.


Um presente, um conforto...


Um novo motivo para sorrir e acordar todos os dias!




Cada raro e precioso segundo ao teu lado me faz flutuar numa nuvem única onde só estamos eu e você...




Nada mais me importa quando tenho a sua companhia, espero que cresça e diga as palavras que tanto quero ouvir. Mas, enquanto isso, compreendo no teu olhar e digo e repito sonoros "Eu te amo´s"!




Minha querida sobrinha, meu coração aperta de saudade e o meu amor aumenta a cada dia.




Eu te amo como se tivesse saído de mim... Te amo como quem você é... Minha querida sobrinha e afilhada!




Sua dinda te ama com uma dimensão INEXPLICÁVEL!




Sempre te quis, sempre te esperei!




Meu lindo sonho cor de rosa...




Meu biscoitinho de mel!




Te amo!




Com amor,




Tia-dinda Liz!

CHAO DE GIZ (Clique e ouça)  

Posted by: Liz Silveira

Apenas... OUÇA.

Deixe seu coração apertar, permita-se emocionar.

VIVA, AME, SINTA!

Meus eus  

Posted by: Liz Silveira


Assim como Fernando Pessoa, inspiro-me em meus vários "eus" para escrever-lhes.

Sabendo-me única entre os meus tantos heterônimos, caminho sossegada.

A transparência não me importa muito agora, apenas me agarro aos dizeres:

"Nada tem que ser. Tudo pode ser.”


Gosto de passar uma refinação encantada das palavras, nada além.


Enquanto uma humilde escrivã contemporânea de pensamentos embraraçados que sou, contenho-me em dizer que, voltando à história dos heterônimos, sou várias pequenas heroínas e vilãs:


Quando parece não haver mais nada e a vida me derruba, pego minhas armas de Maria Moura e luto. Eu não me conformo. Sou a ousada Emília, acredito que é possível (fazer-de-conta) ao menos quando se quer algo.


Já me despi como a Vênus de Sandro. Já fui Madalena e me escondi quando tive depressão. Já fui Madalena e me arrependi também.


Sou a Iansã na maior parte do tempo: Danada, danada, danada...


Como Iracema, já esperei pelo Martim que viajava. Como Zélia, já fotografei meu Jorge.


E, como nem tudo é perfeito, permito-me ser também a megera bruxa de Ariel.


De Liz, sou tantas...


Mas, apenas sei que sou mulher: bruxa e santa, deusa e diaba.

Nosso tempo  

Posted by: Liz Silveira


Ei, cadê o meu pano de guardar confetes?

Queria eu tê-lo aqui em minhas mãos agora,

para assim jogá-lo cheio de ti em mim.

E assim, meu bem, jamais chorar água e sal incolor novamente...


Apenas gozar e desfrutar o colorido do amor

fazendo valer todos os meus devaneios tolos


Ah, como queria que hoje não fosse uma estrada...

se ao menos eu pudesse ouvir teu coração

não haveria cigarros, nem torturas no peito


Meu amor, o tempo é uma ponte

Mas, atravessando-a de mãos dadas se chega mais rápido ao outro lado.


Se anoiteço numa solidão, amanhã brilharei na companhia de um disparo de risos

Risos de ti

Risos da mais linda voz

Risos teus

Risos da voz do meu amor...


És assim o meu amor...  

Posted by: Liz Silveira


Amor que nasceu de um beijo

Amor que veio além de desejo

Amor que se fez sentir

Amor que me fez sorrir


Falo por mim,

o meu amor por ti cresce dia após dia

Não para

Não diminui


O teu sorriso breve e de razão desconhecida

é o mesmo que me conduz

O teu canto contido me desperta bons sentidos

Ao mesmo tempo, já não sinto mais nada

Nada além de amor


Um amor que veio leve

E que o tempo cultivou


Amo-te por ontem e hoje

Espero-te no meu amanhã...


Hannibal  

Posted by: Liz Silveira


Ao assistir o último filme da quatrilogia do memorável hollywoodiano Hannibal, captamos a razão daquele que antes era ainda pior do que um sub-humano.
É indescritível distorcer toda a narrativa de um filme em que nos choca do início ao fim. Seja em sua previamente considerada crueldade sem motivos, ou pela sabedoria do protagonista que nos conduz à história. Logo nos primeiros instantes do último filme, "perdoamos" todos os massacres cometidos nos seus precedentes.
É incrível e amedrontadora a frieza calculista e "monstruosa" do jovem e vingativo Hannibal Lecter. Ao mesmo tempo, permito-me a voz de quem concorda com a coragem e o amor de quem vive só (só de s-o-z-i-n-h-o) para os que já foram.
Sem mais, apenas digo que nós, reles mortais, guardamos sentimentos que desconhecemos e, certamente, jamais descobriremos. Somos capazes daquilo ou de muito mais - a depender da situação... Ou não.
O simples fato de achar uma plausível explicação para o ocorrido nos denuncia à nossa abstrata crueldade.Enfim... Assim somos, assim seremos. Mas, sinceramente, espero que jamais nos revelemos.

Será inveja?  

Posted by: Liz Silveira


Às vezes me pergunto: Por que o ser humano não se faz capaz de aceitar ou, ao menos, compreender o sucesso alheio? Será esta uma generalizada imperfeição dos auto-nomeados perfeitos racionais?

Bem, com ou sem resposta para esta indagação, adianto-me e confirmo a infeliz coincidência de que "onde há sucesso há olho-gordo".

Não respondo apenas por mim... quem dera eu - humilde pensadora contemporânea - ser alvo de tantas maldades, olhares e maldizeres. Mas nesta vida observamos de tudo e, justamente por isso, afirmo com toda a minha "ciência" que a felicidade (ou o que se entende pela mesma) incomoda.



Para os "afetados", aqui vai uma simples equação:


Incapacidade + insatisfação - (autoconfiaça + criatividade) = INVEJA

E...  

Posted by: Liz Silveira


... de repente eu começo a entrar em sintonia.

Vazia  

Posted by: Liz Silveira


De repente você se depara com uma situação estranha:

Não se reconhece mais.

Eu já não me vejo nas minhas fotos, já não percebo a minha voz, ao menos entendo porque agia como eu agia.

ia...ia... eu estou ficando vazia!

Vazia de mim, vazia de ser.

Estou distante, não sei de quê... Será que é da felicidade? (O que é isso?)

De repente você percebe que nada deu certo, que deu tudo errado. Suas antigas palavras já não fazem sentido, as suas cartas e poesias não refletem mais você ao mundo, você mudou... E o pior: Pra pior ou pra melhor? Mudou como?

Olho-me no espelho e não me vejo, perco-me nos meus novos contornos e no meu olhar mais distante.

Não vejo mais graça em nada, já não faço as minhas velhas piadas, não acredito em ninguém... nem música eu ouço mais, quanto mais canta-las!

Tenho vontade de me afogar no travesseiro e só despertar em outro lugar... Bem distante...

Percebo que sou apenas uma observadora, e isso não me agrada.

Mas... Minhas esperanças?

As joguei fora.

Luto Soteropolitano  

Posted by: Liz Silveira


Por hoje mudarei as minhas coloridas letras, promovendo um luto cordial ao que se passa nestes dias turbulentos.
Antônio Carlos Magalhães morreu. Morte anunciada e esperada. Não me assombrou, nem me desesperou, nem assustou. A lei da vida é imperativa. A morte chega, até para ele, persona não acostumada a perder.

As palavras perda e ACM não rimam, não combinam, mal dialogam. Hoje a Bahia veste o seu luto e, embora haja um misto de alegria e alívio para os que não o admiravam nem suportavam ou toleravam, é inegável que esta foi, sim, uma morte significativa. O atual governador da Bahia, eleito neste final de mandato e de vida de ACM num prenúncio de que o ‘império’ e a hegemonia dele, ACM, chegavam ao fim, assim como sua vida, disse que haverá uma página na História da Bahia para tratar de ACM. Wagner foi modesto e econômico: uma página é pouco. Nos meus poucos anos de vida, pude politicamente perceber os efeitos do carlismo no meu estado e posso assegurar que ACM não é uma página apenas da história da Bahia, mas um livro inteiro, talvez mais de um volume.

A Bahia, indubitavelmente, foi o seu reino. Por inúmeras vezes, a extensão de seu poder alcançou o cenário nacional. Sua influência foi notória. E Brasília sabe disso. Ouvir sua retórica era admirável e as réplicas que fazia, coisa de mestre. Soube perder todas as batalhas e embates políticos e aqui, nesta ’sua’ Bahia, não pareceu ao povo que tivesse perdido luta alguma, porque nunca o viram senão de cabeça erguida. A imagem inabalável de um rei, como ensinou Machiavelli.

Tirano, déspota, salvador da pátria, herói (o povo se divide). Não o aplaudo, mas tiro o chapéu por saber o quanto ele foi FORTE, o quanto a sua força política afetou o estado, a política.

ACM ou Antônio Carlos Magalhães foi uma personalidade ímpar. Isso não há como negar. E nem que a Bahia viverá, a partir de sua morte, um novo tempo. Melhor ou pior só o futuro dirá.

Socorro!  

Posted by: Liz Silveira


Socorro, não estou sentindo nada

Nem medo, nem calor, nem fogo

Não vai dar mais pra chorar

Nem pra rir

Socorro, alguma alma mesmo que penada

Me empreste suas penas

Já não sinto amor nem dor

Já não sinto nada

Socorro, alguém me dê um coração

Que esse já não bate nem apanha

Por favor, uma emoção pequena, qualquer coisa

Qualquer coisa que se sinta

Tem tantos sentimentos, deve ter algum que sirva

Socorro, alguma rua que me dê sentido

Em qualquer cruzamento,

Acostamento,

Encruzilhada

Socorro, eu já não sinto nada


(Socorro - Arnaldo Antunes)

Salto "vival"  

Posted by: Liz Silveira


Estou fora

Fora de mim

Fora do eixo

Ou melhor... sem eixo!





Fico pensando em que resultaria a minha vida caso eu resolvesse pular da janela de um avião...

Se restasse alguma coisa de mim, e se eu saltasse no lugar certo... Talvez os vértices se encontrassem!

Meu último dia...  

Posted by: Liz Silveira




Acredito que as pessoas sempre dizem que fariam no seu último dia na terra tudo aquilo que não tiveram coragem de fazer por toda vida, ou o que sempre fizeram escondido aos olhos dos outros e jamais tiveram vontade alguma de revelar ao mundo suas peripécias e desejos.
Quando paro para pensar no que eu faria, sabendo que só me restaria mais um dia na condição de uma reles mortal, penso que, primeiramente, seria impossível. São muitas coisas. Muitos sonhos, vontades e curiosidades para experimentar. Mas, posso tentar fazer uma prévia das minhas prioridades.
Primeiramente, uma grande parte deste precioso dia seria destinada a ficar ao lado do homem que eu amo e fazendo amor como jamais pensei que seria possível, pois, nas minhas últimas 24 horas, milagres aconteceriam. Escolheria o lugar mais alto e lindo que houvesse no mundo, com o céu mais azul e cheio de pequenas nuvens, um sol radiante e nada escaldante, as mais rosadas flores, e lindas borboletas amarelas voando. Ah, também não posso esquecer dos beija-flores com barrigas azul-marinho ou “cor-de-burro-quando-foge”! Assim como nos desenhos da Disney. Também aproveitaria para dizer tudo o que jamais seria possível em um só dia, diria tudo – exatamente tudo – o que tenho para falar, das coisas mais lindas e puras às mais vergonhosas e infames!
Além de todo este irresistível cenário de amor, eu satisfaria todas as minhas vontades ridículas e infantis, como comer 50 chocolates ao leite com recheio de caramelo, e fazer todas as minhas refeições no fast-food do shopping, com o máximo de gordura saturada e suculenta possível, por favor. Com absoluta certeza faria uma total lipo-escultura e colocaria silicone nos seios. Roubaria uma Ferrari vermelha conversível e dirigiria enlouquecidamente pela Linha Verde enrolada numa toalha de banho branca e usando um chapeuzinho de palha chiquérrimo. Na cara, um óculos escuro enorme super fashion e um batom vermelho. Assim como o que Marisa Monte usa; acertaria as contas com todas as infelizes criaturas que menos suporto no mundo quebrando um dente de cada uma, os frontais – claro; abriria todas as gaiolas que prendem belos pássaros, inclusive as da minha casa; daria caviar aos meus cachorros, só pelo simples prazer de vê-los comendo o que outros tipos de cachorros acham chique; diria EU TE AMO zilhões de vezes aos meus pais e irmãos, e agradeceria todo o amor que minha avó sempre me deu.
No fim do dia, reuniria meus amigos mais importantes e faria a festa que eu sempre quis, com tequileiros, boate “bombando”, balões em preto e branco, telão com fotos das passagens mais importantes da minha vida e artistas que brincam com fogo. Também beberia os melhores e mais variados drinques até não poder mais. Depois de um delicioso banho de espuma, compraria a maior cama do mundo só para poder adormecer ao lado das pessoas que hoje mais importam na minha vida, e, todos abraçadinhos, esperaríamos pelo fim do mundo.

A cidade baixa nos embalos de sábado à noite  

Posted by: Liz Silveira


Na época das festas da Jovem Guarda era bastante divertido. A animação ficava por conta dos DJ´s “por instinto”. Naquela época, a moda era usar tamanco e calça jeans com boca de sino e nesga.
Uma vez, um jovem mais animado e desprovido de senso crítico lançou uma camiseta que deixava o umbigo à mostra, fato que, inegavelmente gerou a maior gozação. Na época da discoteca rolava mixagem, depois vieram “Os embalos de sábado à noite”.
Mascar chicletes, usar blusões de couro e cabelos com brilhantina faziam parte da época. Sem querer desmerecer o trabalho dos estilistas sérios e contemporâneos, acredito que não houve moda melhor que a dos anos 70. Algo realmente inovador, sem muitos padrões econômicos nem sociais. Uma verdadeira liberdade de expressão através das vestimentas. Para os que desfrutavam o doce frescor da juventude da época, parabéns. São, realmente, uns felizardos.
Para “a galera” da cidade baixa de Salvador, não era diferente. O ruim era apenas aquele sobe e desce de ladeiras com aquelas calças tão apertadas que pareciam que iam estourar a qualquer momento! Tal façanha exigia um exímio controle das pernas, juntamente com o rebolado do quadril, principalmente dos homens, uns “estranhos no ninho”. A moda ali chegava bem rápido também, uma das grandes características dos moradores de Itapagipe era o grande entrosamento de uns com os outros, o que gerava uma incrível velocidade de comunicação e chegada de novas informações. Eles sim, estavam na moda.
O sábado à noite era sinônimo de diversão, vestir-se também! Hoje é sinal de confusão e status. Classes dominantes e classes dominadas. Que atraso!

Relaxe e goze!  

Posted by: Liz Silveira


Por mais que eu ache uma completa palhaçada e falta de respeito com o "povo brasileiro" o que foi dito, tomei para mim o conselho da então Ministra do Turismo (sexual):

Ah, o jeito mesmo é relaxar e gozar!

E estou tentando o que vem depois do relaxar...



Xô stress!

Dia dos Namorados  

Posted by: Liz Silveira


Enfim chegou, após uma longa espera, o Dia dos Namorados.

Mesmo sendo uma legítima data comercial, sabemos o quanto é especial ter alguém para encher de carinhos e denguinhos, numa meninice aguda de ternuras e presentinhos!

Sair para fazer as compras do dia, se embelezar toda à espera do seu amor... Imaginar como será a noite tão esperada... Humm

É realmente uma lavagem na alma, parece até que será o nosso primeiro encontro!

Há toda uma preparação anterior ao "grande dia" : Que roupa usar? E qual perfume? Como faço com os cabelos? Será que ele vai gostar? E a cartinha? O que será que ele escreveu para mim?

Rsrs



Enfim, não minto que por trás de todo um discurso moralista e social anti datas comerciais, existe um coração apaixonado à espera do 12 de junho que, finalmente, chegou!



Agora deixem-me ir que tenho muito a fazer!



Esperar escurecer...



Ai ai, o amor está no ar...




Linhas tortas  

Posted by: Liz Silveira


... e enquanto estou na janela do quarto esperando a vida passar, debruçada numa ânsia de saltar

Mal sabia eu que alguém faria tudo o que eu não conseguia:

Traria-me novamente a sede e a esperança de que tudo é realmente escrito por linhas tortas

E que a verdade é que pouco me importa o meu caminho torto

Já que eu tenho um passado nas lembranças, e que com ele viverei cantando, sorrindo e amando.



...  

Posted by: Liz Silveira

Eu sinto saudade da felicidade
Saudade de gargalhar
Saudade de sair do lugar-comum
Saudade de viver de verdade
Eu sinto saudade de poder ser
Sinto saudade de saber o que é um final de semana
Sinto saudade de mudar de ares
De me sentir mais viva
Sinto saudade da antiga EU
E de ser menos ISSO


É feriadão e eu estou em casa.

...  

Posted by: Liz Silveira


Para alcançar alguns sonhos devemos ser absolutamente realistas.

Hoje acordei com síndrome de areia. De MUITA areia.


Disse tudo...  

Posted by: Liz Silveira

" Não há tempo consumido
num tempo a economizar.
O tempo é todo vestido
De amor e tempo de amar"

C. Drummond de Andrade


Shiu...  

Posted by: Liz Silveira


Hoje enxergo as pessoas tão pequenas, com valores tão insignificantes, numa doentia pobreza de espírito. Espanto-me com o valor que dão ao ter, e ao ser quem não são. Irrito-me com picuinhas e “nigrinhagens” típicas de muitos seres humanos nada éticos ou corteses. Fico enjoada quando paro para ouvir o “nada” que muitas pessoas têm a dizer. Prefiro me entocar no meu mundico “anormal” aos olhos dos dignos de pena, estes sim... Tão COMUNS.
São importâncias tão irrelevantes que pairam na cabeça destas reles pessoas... Como têm coragem de abrir a boca para falar tantos “nadas”? E o pior, por que eu ainda dou atenção?

Ai, que vergonha de existir e participar por osmose deste meio.

Fazer nada...  

Posted by: Liz Silveira


Estou tão cansada que não quero fazer nada, até sorrir cansa!

Estou com uma vontade de sentar na cadeira de balanço da minha avó e ir para lá e para cá esperando que o tempo me decomponha por inteiro.

Ao final, certamente, já estarei bastante descansada.

Tenho coisas para fazer, coisas que devem estar prontas depois de amanhã...

Mas que preguiça!

Esses afazeres são tão chatos que brigam entre sí numa disputa demente de importâncias.

Rs

Mas só para pirraçar, deixarei estas duas tarefas de molho... até me dar vontade, ou até eu me decompor.


O tempo está tão bom, um friozinho que pede cama e edredom!


Ai, que bom seria se assim não fosse...

Vivendo para amar  

Posted by: Liz Silveira


O amor pode agigantar a menor molécula de qualidade e resumir a poeira vendavais de chateações. É o que disse Drummond: “amar o que o mar traz à praia, o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha, é sal, ou precisão de amor (...) Amar solenemente as palmas do deserto (...) um vaso sem flor, um chão de ferro e a rua vista em sonho”. Deve-se amar cada bobagem, cada centímetro, cada vontade. Esta poesia, aliás, começa com a pergunta “Que pode uma criatura senão, entre criaturas, amar?” E eu vou responder: Não pode nada! Porque Amar é uma obrigação (deliciosa) da vida.


Como eu não poderia deixar de citar o maravilhoso Shakespeare, lá vai:

“Triunfe o amor, e eis tudo será resolvido”.


Pensem nisso com carinho...

Só você  

Posted by: Liz Silveira


Quem mais se não você para me olhar tão brandamente?

Quem mais se não você para me sentir mesmo distante?

Quem me entenderia mesmo sem explicações?

Me surpreenderia nas melhores situações,

ou me suportaria nas piores...

Ah, amor

quem me faria amor tão intensamente?

Quem mais se não você, para ouvir os meus anseios e alcançar meus devaneios?

Quem mais se não você, para me parar por horas só para em tí pensar?

Quem mais seria capaz de me fazer sentir tão intensa emoção?

Quem?

Quem mais me proveria tamanha felicidade?

Só você para me fazer compreender que o amor e o ódio realmente andam juntos,

e que não há mais no mundo tão mista emoção...

A aquarela da vida  

Posted by: Liz Silveira


... e às vezes parece que a cor da vida foi congelada em Preto e Branco.


A aquarela sumiu, escondeu-se de nós. Deu lugar às falhas impressões em papel manteiga. Deu branco em como ser feliz, hoje é só dureza. Corações escuros, assim como os seus pulmões!

Ah, não mais vejo tantos arco-íris, para onde foram os potes de ouro e as outras crenças?

Sumiram...

É tudo tão concreto e nada opcional...

Voltemos a acreditar em fadas, princesas e gnomos. Nos ajuda a viver.

Pensando bem, já não mais vivemos... Morremos a cada dia que passa.


Verdadeiro intelectual  

Posted by: Liz Silveira


Um intelectual não deve ser sofisticado de um modo cristalizado pelas elites. Deve-se haver o contato com as massas e maiorias populares.

Pureza  

Posted by: Liz Silveira


As crianças são criativas porque ainda são virgens em muitas coisas, ainda não tiveram muitas "primeiras vezes" e não conhecem ainda a fria verdade sem graça que nos apresenta a vida. Seus olhos ainda não estão cansados e muito menos cheios de tudo o que não viram... Por enquanto, tudo é novidade.
Viva à pureza e à falta de experiência!

Mesmice enjoativa  

Posted by: Liz Silveira

Ando um tanto quanto cheia desse povo tão igual e nada autêntico, dessa coisa tão idêntica...
Estou tão entediada por tamanha falta de criatividade alheia, que já não mais bato palmas ou recomendo.
Ando tão desacreditada que quase choro quando avisto um diferente entre os tantos tão normais, tão iguais.
Para mim, hoje o belo é o antigo, ou aquele quase não visto.
Ser igual é tão cansativo...
E o pior é que não entendem, já não percebem, tamanha é a coercitividade social. Ah, Durkheim...
Esta "bulímica" consciência é cansativa, não me aflora bons devaneios.
O moderno é tão retrógrado, tão sem nada novo que virou antigo. Um passado presente, que contamina os não doentes.
Seria bom sair na rua e enxergar e essência de cada um, mas elas se escondem, não mais se reconhecem. Talvez, já não existam...
"Bom" é assistir de longe, com cuidado para não se contaminar.

Tradicionalismos enjoam. Mesmices modernas e tais pessoas também.
Escassez intelectual apavora. Conformismos também.

Neste caso, o remédio é estar apático.

Um VIVA aos bregas, ao menos inovam.

Enquanto isso, há vida lá fora...  

Posted by: Liz Silveira


Coisas acontecem, independem de razões e de momentos. Não se importam se você está lá para ver, ou não. Certas coisas são egoístas, nos excluem de sua existência. Ou será que são apenas acanhadas? Ah, essas coisas...
Os dias amanhecem em uns lugares, adormecem em outros. O tempo urge, e não há como aplaudir todos os espetáculos da natureza ao mesmo tempo. Não somos velozes o suficiente. Infelizmente.
O tempo. Seria ele um contestador dos nossos limites e habilidades? Tais como: memória, velocidade e humildade? Humildade sim, e o suficiente para nos contentarmos com apenas 24 horas por dia para “darmos conta” de tantas tarefas.
A rotina. Talvez ela seja a maior vilã da pós-modernidade. Sim, porque numa época onde a pressa, a velocidade e a curiosidade imperam, ter a consciência de que ainda não temos a capacidade de nos tornar onipresentes nos desagrada bastante. Isso tudo porque, enquanto isso, o mundo gira lá fora. Portanto, o tempo e a rotina são limitadores de ações. Ter hora certa para acordar, comer, trabalhar e dormir é um pouco chato e muito repetitivo, além de não permitir “sobras de tempo” para desfrutar com outras coisas alheias. Muito chato.
É comum observar as pessoas insatisfeitas com suas atuais atividades e almejando a situação do outro, ou idealizando suas vontades enquanto reclamam da vida. Sempre pensam que poderiam estar fazendo outra coisa ou estar em outro lugar completamente diferente do qual estão agora, aproveitando o tempo ao invés de “desperdiçá-lo”. Todos são realmente diferentes, não apenas em sua forma física ou em ideologias a seguir, mas em suas ocupações e prioridades: Enquanto uns trabalham, outros dormem; uns riem, outros choram; uns brigam, outros se reconciliam; uns vão, outros voltam; uns nascem, outros morrem.
Enquanto isso, com tantas diversas situações acontecendo em um mesmo instante, nada melhor que concluir o que está fazendo para depois poder sonhar acordado. Fazer por onde, para ao menos em pensamento acompanhar tudo aquilo que temos vontade, até que um dia consigamos alcançar uma particular velocidade para presenciar tudo o que quisermos.

Dia internacional da mulher  

Posted by: Liz Silveira


Dia internacional da mulher.

Por quê não um dia só para os homens também?

Ah, essa é fácil: o dia do homem é todo dia.

Claro, agradeçam a esta maravilha de sociedade machista e meramente patriarcal. Ah, méritos à igreja católica também devem ser dirigidos, sua participação foi de crucial importância ao longo de toda essa história.

O homem, aquele ser metódico, forte e destemido que conduz a vida e faz tudo se tornar possível. Gestação, parir, criar, cuidar, menstruar, cozinhar, lavar e arrumar. Ora pois, que besteira! Para quê precisam disso? Bobagem.

O dia 8 de março é mesmo engraçado. Com uma peculiar ironia, digamos assim. É um tal de parabéns para lá, abraço para cá. Manchetes, primeiras capas de jornais, especiais em TV. Tudo destinado às mulheres. Que belo...

Aproveitemos, meninas. Botemos nosso salto alto e vamos comemorar! Porque HOJE é o nosso dia.



Superhomem (A Canção)

Um dia Vivi a ilusão de que ser homem bastaria
Que o mundo masculino tudo me daria
Do que eu quisesse ter

Que nada Minha porção mulher, que até então se resguardara

É a porção melhor que trago em mim agora

É que me faz viver

Quem dera Pudesse todo homem compreender, oh, mãe, quem dera

Ser o verão o apogeu da primavera

E só por ela ser

Quem sabe O Superhomem venha nos restituir a glória

Mudando como um deus o curso da história Por causa da mulher
(Gilberto Gil)

Encontros; desencontros  

Posted by: Liz Silveira


" A vida é a arte dos encontros."

(Aristóteles)

"Embora haja tantos desencontros na vida..."

(Vinícios de Moraes)

Meu caminho de todas as manhãs  

Posted by: Liz Silveira



Costumo dizer que o meu caminho começa antes de acordar, com o “infeliz” do meu despertador prestes a tocar. Assim que ouço aquele barulinho, já tão conhecido e repetitivo para os meus ouvidos, entendo a mensagem “zuadenta” - que pirraça! Levanto-me, e então me deparo com aquela difícil missão de entrar no chuveiro, que por mais quente que pareça, às 6:12 da manhã é MUITO frio.
Café da manhã? Nem pensar! Meu aparelho digestório ainda não está apto para entrar em ação. Deixo isso para mais tarde...
Saindo de casa e pisando na varanda, meus seis cães me abordam naquela euforia incompreensível logo às 7:00 horas da manhã! Para melhorar este quadro, meu casal de papagaios me surpreende com o seguinte rotineiro bordão: “Loro viado; tabaréééu; café; café...”. Coisas que só o meu “amável”pai seria capaz de lhes ensinar.
Tendo chegado ao ponto de ônibus, tenho tempo o suficiente para me recuperar de tal baque auditivo e visual. Sim, um baque! Pois, por mais que isto se repita cotidianamente, ainda assim não me sinto preparada para tal façanha logo pela manhãzinha.
Sou “rata de ônibus”, mas, mesmo assim, odeio com todas as minhas forças este meio de transporte coletivo. Ninguém o merece! É um tal de empurra-empurra, segura ali, o cuidado para não cair, e a projetada máxima atenção às mãos alheias que me incomodam, e MUITO!
Outra coisa que não suporto no meu caminha de casa até a faculdade é o entra e sai de vendedores ambulantes. Ô coisa chata! É certo que a viagem não fica tão chata quando o ônibus não está lotado, pois, quando isso ocorre, para mim, é garantia de dor de cabeça.
Ao chegar na faculdade, até relaxo... O único problema é pensar que na hora de voltar para casa, outra história parecida estará prestes a começar.

Escrever é uma arte  

Posted by: Liz Silveira

Cada um guarda uma razão para os seus dizeres e, a depender de suas intenções, os vêm de formas diferentes.
Sendo a escrita mais um dos frutos da necessidade da comunicação interpessoal, hábito não tão contemporâneo, e, em se tratando de uma rápida evolução tecnológica vivenciada pelos reles mortais, este prazeroso ato (para alguns) pode ser deixado para trás. Sim, num mundo onde teleconferências substituem a presença humana, e os e-mails ou programas de mensagens instantâneas nos fazem esquecer as tão puras cartas, por quê não um programa que “delete” de vez o antigo hábito de escrever?
Ao parar para refletir sobre o motivo pelo qual escrevemos, deparamos-nos com respostas que nos levam a dois caminhos: prazer, ou necessidade. Bem, prefiro afirmar que escrevo, pois acredito que esta é uma arma a favor da liberdade. A palavra que te “alisa” é a mesma que te “fere”. Pode ser pacífica, ou mais perigosa que a mais perigosa força bélica. A escrita é uma arma, saber usá-la é uma dádiva.
Sinceramente, fico imensamente feliz ao encontrar um lápis e um papel ao meu alcance quando estou entediada ou presa em uma atividade pouco interessante. Parece que tomo uma injeção de ânimo instantânea.
Transpor pensamentos, acontecimentos e sentimentos é algo de incomensurável emoção. Uma tarefa sem limites ou privações – de preferência. Saber que através dos nossos escritos, pessoas choram, riem, ou se conformam, nos dá ainda mais força para continuar a fazer o que mais gostamos, e com ainda mais paixão.
Escrever para quê? Eis a questão. Levando-se em conta que a obra muda de acordo com o estado de espírito do autor, deve-se imaginar que ao escrever para o mundo, o escritor desenvolve um grandioso ato não-egoísta para com o próximo.
Artistas, assim os chamo. Aqueles que em meio a vírgulas e travessões conseguem esculpir grandiosas obras-primas, capazes de nos fazer transpirar coração e pulmão ao mesmo tempo, oscilando os batimentos cardíacos e a respiração ofegante e emocionada em um mesmo instante. Assim espero o fazer.
Bem, há de se convir que as pessoas que escrevem, ou que são grandes apreciadoras da leitura, como jornalistas, teóricos, sociólogos, filósofos e poetas, são mais interessantes do que as que por toda a vida calculam. Perdoe-me você, matemático, engenheiro ou físico nuclear. Mas, pessoas assim se tornam um tanto quanto mecânicas. A escrita é uma arte, e exige outro tipo de pensamento, nada quadrado ou pré-formulado.

A leitura exige pensamento  

Posted by: Liz Silveira

Internauta, você há de convir que as pessoas que escrevem, ou que são grandes apreciadoras da leitura, como jornalistas, teóricos, sociólogos, filósofos e poetas, são mais interessantes do que as que por toda a vida calculam.
Perdoe-me você, matemático, engenheiro ou físico nuclear; mas pessoas assim se tornam um tanto quanto mecânicas. A leitura é uma arte, e exige pensamento.