Ando um tanto quanto cheia desse povo tão igual e nada autêntico, dessa coisa tão idêntica...
Estou tão entediada por tamanha falta de criatividade alheia, que já não mais bato palmas ou recomendo.
Ando tão desacreditada que quase choro quando avisto um diferente entre os tantos tão normais, tão iguais.
Para mim, hoje o belo é o antigo, ou aquele quase não visto.
Ser igual é tão cansativo...
E o pior é que não entendem, já não percebem, tamanha é a coercitividade social. Ah, Durkheim...
Esta "bulímica" consciência é cansativa, não me aflora bons devaneios.
O moderno é tão retrógrado, tão sem nada novo que virou antigo. Um passado presente, que contamina os não doentes.
Seria bom sair na rua e enxergar e essência de cada um, mas elas se escondem, não mais se reconhecem. Talvez, já não existam...
"Bom" é assistir de longe, com cuidado para não se contaminar.
Tradicionalismos enjoam. Mesmices modernas e tais pessoas também.
Escassez intelectual apavora. Conformismos também.
Neste caso, o remédio é estar apático.
Um VIVA aos bregas, ao menos inovam.
Os dias amanhecem em uns lugares, adormecem em outros. O tempo urge, e não há como aplaudir todos os espetáculos da natureza ao mesmo tempo. Não somos velozes o suficiente. Infelizmente.
O tempo. Seria ele um contestador dos nossos limites e habilidades? Tais como: memória, velocidade e humildade? Humildade sim, e o suficiente para nos contentarmos com apenas 24 horas por dia para “darmos conta” de tantas tarefas.
A rotina. Talvez ela seja a maior vilã da pós-modernidade. Sim, porque numa época onde a pressa, a velocidade e a curiosidade imperam, ter a consciência de que ainda não temos a capacidade de nos tornar onipresentes nos desagrada bastante. Isso tudo porque, enquanto isso, o mundo gira lá fora. Portanto, o tempo e a rotina são limitadores de ações. Ter hora certa para acordar, comer, trabalhar e dormir é um pouco chato e muito repetitivo, além de não permitir “sobras de tempo” para desfrutar com outras coisas alheias. Muito chato.
É comum observar as pessoas insatisfeitas com suas atuais atividades e almejando a situação do outro, ou idealizando suas vontades enquanto reclamam da vida. Sempre pensam que poderiam estar fazendo outra coisa ou estar em outro lugar completamente diferente do qual estão agora, aproveitando o tempo ao invés de “desperdiçá-lo”. Todos são realmente diferentes, não apenas em sua forma física ou em ideologias a seguir, mas em suas ocupações e prioridades: Enquanto uns trabalham, outros dormem; uns riem, outros choram; uns brigam, outros se reconciliam; uns vão, outros voltam; uns nascem, outros morrem.
Enquanto isso, com tantas diversas situações acontecendo em um mesmo instante, nada melhor que concluir o que está fazendo para depois poder sonhar acordado. Fazer por onde, para ao menos em pensamento acompanhar tudo aquilo que temos vontade, até que um dia consigamos alcançar uma particular velocidade para presenciar tudo o que quisermos.